A vitória do Vila Nova por 2 a 1 sobre o Goiás no clássico do último domingo (11), no OBA, teve polêmica. O árbitro Wilton Pereira Sampaio marcou uma penalidade para os colorados no segundo tempo, porém a falta em que o zagueiro Fábio Sanches, do Goiás, derruba o atacante Pedro Júnior, do Vila Nova, aconteceu fora da área. Em entrevista à Sagres 730, o presidente da comissão de arbitragem da Federação Goiana de Futebol, Coronel Júlio César Motta avaliou o lance.

“Nós fizemos uma avaliação e infelizmente tivemos só uma imagem para avaliar. Chegamos à conclusão que é muito difícil. Tivemos lances similares, como no jogo Vila Nova e Juventude, com um grau de dificuldade alto, mas não tão alto como esse. Tivemos um outro parecido na final da Supercopa entre Flamengo e Palmeiras, e pra nós, a marcação do pênalti (para o Vila Nova) foi equivocada porque entendemos que o momento da falta foi próximo a área. Ali o correto seria o tiro livre direto e cartão vermelho para o defensor do Goiás”.

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Ainda na entrevista, Motta descartou qualquer punição ao árbitro Wilton Pereira Sampaio por causa do erro no clássico e foi taxativo ao dizer que não vê problemas em escalar o árbitro para um próximo clássico Goiás e Vila Nova caso aconteça novamente no Goianão. Ele garantiu também que o árbitro do jogo do primeiro turno, Eduardo Tomaz, também está apto para apitar, mesmo com a atuação polêmica na vitória esmeraldina por 1 a 0 na Serrinha, que rendeu muitas reclamações dos vilanovenses.

“Clube não veta e não escala nenhum árbitro. Não é tarefa deles. Nunca fui em clube falar para o técnico qual jogador ele deve escalar”, afirmou.

Polêmica com Eduardo Tomaz

Após o clássico do primeiro turno na Serrinha – vitória do Goiás por 1 a 0 – dois jogadores do Vila Nova, os meio–campistas Pedro Bambu e Alan Mineiro, acusaram o árbitro Eduardo Tomaz de ter mal tratado com palavras ofensivas os vilanovenses durante o jogo. A diretoria colorada tentou junto ao TJD uma ação contra o árbitro, mas o caso não evoluiu.

Porém na entrevista coletiva que concedeu na última quinta – feira (8) o goleiro Georgemy retomou o tema e confirmou as acusações dos companheiros de time. Segundo Coronel Motta, uma ação covarde para desviar a atenção, já que naquele jogo Alan Mineiro deu uma cusparada na bandeira do Goiás.

“Acho que foi uma tentativa covarde dos dois atletas de tirar o foco do Alan Mineiro. Não condiz com a realidade do jogo e muitas vezes querem tirar a responsabilidade dos jogadores e comissão técnica, passando para a arbitragem”, criticou.

Ouça a entrevista completa do presidente da comissão de arbitragem da FGF, Coronel Júlio César Motta, sobre a arbitragem no clássico Goiás e Vila Nova: