Em entrevista à Rádio Sagres 730, o deputado federal José Mário Scheiner (DEM) avaliou a elegibilidade do ex-presidente Lula após decisão de Fachin no início da semana. Para ele, a possível volta do petista na disputa das eleições de 2022 polariza o debate e levanta o questionamento do “Brasil que queremos”.

“Agora, vamos avaliar se queremos a volta da corrupção, daquilo que ocorreu quando o PT estava no poder, ou se queremos esse Brasil que estamos vendo hoje, quando a estrutura melhorou e o setor agropecuário vem dando respostas, podendo alimentar a população brasileira. É o Brasil que dá certo ou dos escândalos que vimos no governo do PT?”, questionou.

Ouça a entrevista na íntegra:

Sobre o momento em que o Brasil vive de recordes no número de mortes provocadas pela Covid-19, com o processo de vacinação a passos lentos, o parlamentar concordou que houve um atraso na adoção de medidas de controle da pandemia. “Isso é uma questão que talvez tivesse tido outra forma de tocar. Perdemos temo com a polarização do debate. O importante é que nós nos abracemos olhando na mesma direção e o Congresso Nacional vem fazendo isso. Aprovamos inúmeras matérias tentando minimizar os efeitos da pandemia. Não enxergamos alternativa a não ser a vacina. E talvez houve um atraso nisso sim. então temos que recuperar o tempo perdido”.

No âmbito nas eleições do ano que vem, José Mario enfatizou que o presidente Jair Bolsonaro não “escolhe adversário’. “É claro que quem escolhe adversário tem medo da batalha. E não há, neste momento, de forma nenhuma essa questão de debate, de candidaturas, mas a polarização inibe bastante também o debate mais moderado, o debate de centro direita, centro esquerda. Portanto, a partir, de agora, provavelmente nós veremos aí um debate mais extremado de direita ou de esquerda fazendo com que as forças de centro percam força ou não. De repente, pode surgir aí uma terceira força e a população brasileira entender o que esse é o debate”, argumentou.

José Mário Scheiner criticou a forma de liderança de Lula. “Como falamos na roça, ele é aquela arvore alta que não da sombra. Ele é liderança, mas embaixo dele não se cria nada. Não se cria novas lideranças para termos debate mais afinado para o país”.