Em mais uma negociação longa envolvendo a venda de um jogador, o Goiás pode sair perdendo no fim de tudo. Sem acordo e com o presidente João Bosco Luz negando a negociação com o Internacional, Ernando pode assinar já nesta quarta-feira, um pré-contrato com a equipe colorada, onde ele já receberia um adiantamento de luvas, não renovaria com o Goiás e sairia do alviverde de graça.
O interesse do Internacional sempre foi real, apesar de João Bosco Luz garantir que não existe nada de clube para clube. O empresário Wagner Cruz foi autorizado pelo presidente do Internacional, Giovanni Luigi, a negociar com o jogador, que já acertou bases salariais e o tempo de contrato, que será de quatro temporadas. Wagner contou com a ajuda do ex-atacante e agora empresário Roni, que atuava no Goiás quando Ernando subiu para o time profissional.
Na noite desta terça-feira, depois de João Bosco Luz conceder entrevista à RÁDIO 730 confirmando a reunião com o empresário e ausência de uma proposta oficial, Ernando e sua esposa jantaram com Roni, que apresentou um pré-contrato para o jogador, com tudo detalhado e também com a assinatura do presidente do Internacional. Ernando, entretanto, se recusou a assiná-lo antes de uma nova conversa com os dirigentes esmeraldinos, que acontecerá nesta quarta-feira.
O zagueiro espera uma solução definitiva até, no máximo, esta quinta-feira, quando o time estará em reta final de preparação para o duelo contra o Criciúma, no domingo, às 18h30, no Heriberto Hulse. Se entrar em campo, Ernando completa sete jogos na Série A e não poderia atuar por outro clube.
A oferta trazida pelo empresário Wagner Cruz e o intermediário Roni, confirmada por João Bosco Luz, teria o empréstimo de dois atletas de uma lista de três, composta por Vitor Júnior, Bolatti e Dátolo. O presidente esmeraldino elogiou os jogadores, mas descartou Vitor Junior logo de cara, por ele ter recusado o Goiás após o fim do Campeonato Goiano.
Com salários altos para os padrões esmeraldinos, o Inter arcaria com a metade dos ordenados dos dois jogadores escolhidos e o Goiás pagaria os outros 50% até o fim do ano. Se mais uma vez a reunião não chegar à um acordo nesta quarta-feira, o Goiás pode ficar com o jogador por mais seis meses e depois perder o atleta a custo zero, depois de 10 anos atuando pelo alviverde.
