O Goiás começou o ano de 2016 com boas contratações, no Goianão passou pelo arquirrival Vila Nova na semifinal e conquistou o título em cima do Anápolis, se tornando o clube goiano favorito a conseguir o acesso para a elite do futebol brasileiro. O que estava sendo desenhado para ser um grande ano para o torcedor esmeraldino, foi se tornando cada vez mais complicado no decorrer da Série B.

Em entrevista ao programa Hora do Esporte, da Rádio 730, o presidente Sérgio Rassi relembrou essa fase difícil que o Goiás passou, correndo risco até mesmo de cair para a Série C, e que isso foi evitado com a chegada de Gilson Kleina, em setembro, e as contratações de Walter e Léo Gamalho.

“O meu maior medo, em primeiro momento, foi o de cair para a Série C, seria o pior de nossos pesadelos. Tenho a impressão de que se não tivéssemos mexido na comissão técnica isto poderia ter realmente acontecido. Em segundo momento, o que nos ajudou a dar uma arrancada, foi a contratação do Walter e do Léo Gamalho, com a chegada deles o time conquistou mais resultados positivos e demos uma aliviada em relação a fuga da Série C”, afirmou.

Até o momento, o Goiás já anunciou oficialmente seis reforços, os zagueiros Fábio Sanches e Everton Sena, o lateral-esquerdo Paulinho, o volante Toró, o lateral-direito Hélder e por último o goleiro Marcelo Rangel. Sobre as possíveis contratações que ainda podem ser realizadas, o presidente declarou que, para ele, o time ainda precisa de mais dois reforços.

“Ao meu ver, falta um atacante de beirada, que nós perdemos com a saída do Rossi, estamos adiantados em outra negociação também e, acredito que na Série B tem que estar muito forte na defesa. Já temos quatro zagueiros de peso, mas acho que ainda precisamos de um quinto defensor , que aí montaremos um estrutura bem sólida lá atrás, com goleiros de qualidade. Trouxemos mais um goleiro, porque os outros três não tiveram tanta felicidade assim e não podemos ficar aguardando, por isso procuramos o Marcelo Rangel, que foi o goleiro menos vazado da Série B”, declarou.

Sobre o futuro dos outros três goleiros, Márcio, Ivan e Renan, o presidente disse que 4 de janeiro, dia da reapresentação da equipe, uma conversa será realizada.

“Nós vamos conversar com esses atletas. O que não existe nessas conversas é hipocrisia e acho que os três estão cientes de que não foram bem tanto nesse ano, quanto no ano passado. Vamos deixar o atleta bem a vontade para uma possível negociação com outro clube ou mesmo com a possibilidade de uma rescisão amigável. Os que demonstrarem vontade de permanecer nesse grupo e lutar pela posição, tem esse direito sim, vai poder continuar, não estamos nos desfazendo deles. Assim que houver a reapresentação iremos ter essa conversa”, ressaltou.

Sobre ter a maior estrutura entre os times goianos e estar fazendo somente contratações pontuais, Sérgio Rassi afirmou que nesta temporada tentou trazer grandes nomes para montar um time de Série A, mas que não deu certo e em 2017 quer fazer diferente, trazer jogadores que possuem versatilidade e capacidade de atuar em qualquer Série do futebol brasileiro.

“Nós tentemos fazer isso esse ano, as contratações que foram feitas foi com esse propósito, tinham esse perfil de jogador de Série A. Era um grupo para que fosse maturando ao longo da Série B. Acredito que não tem jogador de Série A e B, acho que as duas estão muito próximas, você pode ter um time que faça boa campanha em ambas, desde que haja um comprometimento e uma adequação, um estilo de jogo diferente. O atleta tem essa versatilidade. Estamos indo atrás de jogadores que tenham foco, e nos contratos de dois anos, estamos contratando com essa cláusula, que se caso o Goiás suba para a Série A, o atleta terá valorização”, disse.

Confira abaixo a entrevista completa:

Goiás é o favorito ao título do Goianão?

– Eu acho que não tem favorito. Antes da Série B, o favorito para ficar em primeiro lugar entre os goianos era o Goiás, em segundo lugar o Vila Nova e em terceiro o Atlético, e veja o que deu, foi tudo ao contrário. No futebol, a imprevisibilidade é notória, mas uma coisa é certa, o Goiás vai lutar para ser campeão, como sempre lutou em todas as competições que participa, mas dizer se é favorito ou não é impossível.

O que falar deste grupo que está sendo formado?

– É um grupo onde priorizamos o comprometimento. Contratações pontuais. São jogadores que estão focados nisso, o Goiás tem o objetivo de subir, deveríamos ter feito isso este ano, mas por uma série de fatores não deu certo. Aprendemos muito com os erros, estamos montando um time forte para que não tenhamos esse sabor do ano de 2016.

Parceria com a Caixa Econômica Federal.

– A parceria com a Caixa está acertada, só não temos ainda os valores.

Parceria com a Topper.

– É uma empresa que já esteve conosco entre 2004 e 2005, já tem 40 anos de mercado brasileiro e sul-americano, a negociação foi boa, com o fornecimento de todo o material para a escolinha e dia 20 teremos o lançamento da camisa e dia 21 a abertura do Empório Esmeraldino com todo o material referente ao ano de 2017.

A saída da Dryworld foi amigável?

– A saída foi desgostosa, seria uma coisa inédita no clube, pela primeira vez estaríamos recebendo uma quantia de dinheiro pela negociação, além do fornecimento de material esportivo, como ocorre com os grandes clubes. Então, uma coisa que se desenhava muito bem, mas eles, infelizmente, fizeram uma parceria com uma fábrica do interior do Paraná, e parece que esta fábrica estava em falência e fomos muito prejudicados com isso, atraso de entrega de material.