Você que é ou que vai ser papai, já parou pra pensar no que é ser um bom pai? Você filho também já refletiu sobre essa pergunta. O questionamento é de difícil resposta e foi destacado pelo jovem aprendiz João Vitor Araújo na última edição da Arena Repense. O tema central foi a Paternidade e de que forma ela reflete em nossas vidas.

João Vitor destacou que a presença ou ausência da figura paterna é uma questão debatida em sala, mas pouco se analisa sobre o que é ser um bom pai. Para o instrutor da Renapsi, Abner Marcelo, a resposta para ser um bom pai pode vir mais fácil para quem teve uma boa referência paterna ao longo da vida. Por outro lado, se torna mais difícil para quem não contou com esta figura.

“Um bom pai pode ser aquele que dá afeto, que faz uma pesquisa antes do filho nascer para segurar ele no colo, que vai ajudar a mãe durante a gravidez. O bom pai é aquele que quando a mãe está ausente, ele estará presente dentro de casa. É aquele que vai aconselhar, saber das instruções, broncas também, ou seja, que trata a vida com a seriedade”, analisou Abner.

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Ausência

Abner Marcelo completa destacando que o bom pai é aquele que observa a família como um todo. No entanto, nem todas as famílias são completas e a ausência do pai, seja por morte ou divórcio, pode resultar em prejuízos psicológicos para os filhos.

Nova configuração

Até pouco tempo atrás, o papel do homem na família era trabalhar para sustentar economicamente a mulher e os filhos. Como tinha o poder financeiro, ele era a autoridade máxima da casa, quem dava a última palavra e não se envolvia na criação dos filhos.

No entanto, as coisas vão mudando, e a estrutura familiar também passou por alterações profundas. O pai e a mãe passaram a compartilhar a responsabilidade na educação dos filhos. Essa transformação trouxe muitos benefícios às crianças.

A psicóloga da Renapsi no Polo Tocantins, Sara Denise, avalia que é importante que o casal converse bastante para que não falte apoio aos filhos em diferentes momentos da vida.

Superação

De fato, ter um pai ausente deixa marcas emocionais e psicológicas. No entanto, a psicóloga da Renapsi do Polo Goiás, Amanda Costa avalia que isso não significa que não seja possível seguir adiante e encontrar a felicidade.

“Às vezes o jovem vê essa movimentação, pai presente ou pai ausente e fica aquele sentimento, talvez não ser uma pessoa segura, um adulto maduro, um bom profissional. E isso não é uma regra, não precisa ser assim. É possível a gente ressignificar essa ausência do pai e você pode ser quem você quiser, um ótimo profissional. A ausência do pai causa impacto, mas também não é um fato limitante”, relatou.

O tema integra o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 3.

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