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O Brasil Império começou em 1822 e colocou um fim aos partidos do período colonial. Depois da Proclamação da República, em 1889, surgiram o Partido Republicano Paulista e o Partido Republicano Mineiro. Como os nomes já atestam eles não eram nacionais, mas se revezaram na Presidência da República até a Revolução de 1930, comandada por Getúlio Vargas. O golpe do Estado Novo, em 1937, novamente reescreveu a história dos partidos.

Reginaldo Lima de Aquino e Cléver Luiz Fernandes escreveram o livro “A UDN e o PSD goianos” e conhecem bem essa história. Reginaldo é professor de história e explica como eram os partidos da chamada República Velha, antes de 1930.

“Na época não havia governador. Havia presidente province que era escolhido pelo próprio imperador. As oligarquias, a elite no Brasil que, na época, era marcada pelos grandes latifundiários, ressentiam muito dessa situação. Com a implantação do regime republicano no Brasil, teve o que chamamos de uma República oligárquica, em que uma elite simplesmente se achava detentora, dona desses Estados. Tanto é verdade que o que nós temos durante a Primeira República é simplesmente a formação de partidos regionais que, no fundo, representavam os interesses dessas oligarquias de grandes famílias que controlavam os currais eleitorais”, afirma.

Em 1937, Getúlio acaba com os partidos, com as eleições e nomeia interventores para governarem os Estados. Goiás já estava nas mãos de Pedro Ludovico Teixeira desde 1930 e ele continuou como interventor.

“De 1937 a 1945, você tem a implantação de uma ditadura no Brasil em que houve a personificação do poder por Getúlio Vargas e ele simplesmente conseguia o poder nos diversos estados áquelas autoridades que ele considerava pessoas de sua confiança”, relata.

A ditadura de Vargas acabou em 1945. A oposição sufocada por 15 anos finalmente está livre para se reorganizar, explica o filósofo Cléver Luiz Fernandes, professor da Universidade Federal do Maranhão, que pesquisou e escreveu sobre a UDN.

“Neste momento a UDN se torna uma grande arca de Noé, onde se reúne todo tipo de grupo, desde liberais a comunistas, isso no período de 1945 até por volta de 1947”, explica.

O Partido Comunista Brasileiro (PCB) é uma exceção na nossa história partidária. Entre idas e vindas, completará 100 anos em 2022. O PCB surgiu em 1922, entrou para a clandestinidade no Estado Novo, de Getúlio Vargas, e legalizou-se em 1946, durante a reorganização partidária, explica o pesquisador Cléver Fernandes.

“O Partido Comunista do Brasil surgiu em 25 de março de 1922, mas é um partido que viveu basicamente na cladestinidade, porque desse período dos anos 20 até 37. Em 1937 ele sai da ilegalidade, volta em 46 e em 48 volta a ser ilegal no Brasil. É o mais antigo partido no Brasil, mas que viveu subterraneamente”, esclarece. 

Na segunda reportagem da série sobre os partidos políticos, vamos mostrar a redemocratização em 1945 e o surgimento da UDN, do PSD, do PTB e do PSP.

Com produção e edição de áudio de Roberval Silva.

Confira as outras reportagens da série especial

Ditadura Militar: da extinção dos partidos à volta do pluripartidarismo

De Getúlio a Lacerda: o período da reorganização partidária e a busca pelo poder a qualquer custo