O inspetor e porta-voz da Polícia Rodoviária Federal, Newton Morais, afirmou em entrevista à Sagres, que durante a Operação Semana Santa, realizada em todo país, que o movimento nas rodovias federais que cortam o estado de Goiás diminuiu em comparação aos anos sem pandemia.

“Percebemos um movimento não tão forte como em feriados de anos anteriores. Mas eu acredito que (o movimento) ficou próximo de 70%, 80%. O que a gente pôde perceber é que muitas pessoas procuram sair de casa, justamente por terem ficados parados, enclausurados, até com esses sintomas depressivos que a gente costuma demonstrar em função de estar parado e com medo da doença. Mas a saída foi bem distribuída, isso aconteceu muito na tarde de quarta-feira e na manhã de quinta”.

Ouça a entrevista na íntegra:

De acordo com a PRF as rodovias que registraram maior movimentação foram a BR-153, no sentido Porangatu x Anápolis, a BR-060, em toda a extensão (Jataí-Goiânia-Brasília), a BR-050, no trecho que liga Goiânia a Araguari, Catalão e Brasília e principalmente na BR-414. Newton Morais ressaltou que o grande fluxo de automóveis nesse trecho contribuiu para a elevação no número de ultrapassagens proibidas “o que representou 40% de todas as infrações”.

Segundo o inspetor, a PRF divulgará até o final desta segunda-feira (05) o balanço com todas as infrações, acidentes, mortos e feridos em todo país durante todo o ferido de Páscoa. Porém, ele adiantou que não foi registrado nenhum acidente com vítimas fatais nas BRs que cortam Goiás.

“A polícia, em Goiás principalmente, fez um trabalho bem diversificado, onde viaturas e policiais foram colocados em pontos estratégicos. Com viaturas até próximas umas das outras, de forma que nós pudéssemos abraçar essas dez rodovias que cortam o estado de Goiás e chegarmos a este resultado. Eu não me lembro, nesses meus 27 anos de polícia, de nenhum feriado como esse, onde não tenhamos tido mortes no trânsito”, frisou.

O número de motorista embriagados também diminuiu, Newton informou que flagrados quase duas dezenas de condutores alcoolizados. Enquanto em feriados anteriores, “esses números chegavam ser até seis vezes maior”.