No último sábado (7), em partida válida pela 20ª rodada da Série A, o Goiás perdeu por 2 a 1 para o São Paulo. Depois de abrir o placar com Fernandão, aos 19 minutos da etapa inicial, o time esmeraldino sofreu o empate cinco minutos depois, quando Brenner completou cruzamento de Juanfran. O revés no Morumbi se concretizou no segundo tempo, após gol de Igor Gomes, aos 34 minutos.

O lance que proporcionou o empate para os anfitriões foi tema de debate nesta segunda-feira (9). Para a crítica especializada, a bola não superou a linha de fundo de forma completa e, portanto, o gol de Brenner não deveria ter sido validado pela arbitragem comandada por Gilberto Rodrigues Castro Júnior, que tomou a decisão com base na marcação do assistente Ricardo Bezerra Chianca.

Posicionamento do Goiás

Em entrevista à Sagres, Marcelo Almeida, presidente executivo do Goiás, também considerou que a bola não entrou inteiramente e ressaltou que “gostaria que pudesse existir uma tecnologia que desse essa certeza. No jogo, não foi utilizado a tecnologia, porque foi afirmado que a decisão veio do campo. Se veio do campo, veio da cabeça do bandeira e do juiz. Naquela posição do bandeira, será que estava na distância que pudesse dar essa convicção? Acredito que não. Me causou uma indignação muito grande, porque não teria que ter sido gol e, infelizmente, perdemos um jogo por culpa do juiz e do bandeira”.

Reclamação na CBF

O dirigente afirmou que “é difícil brigar com gente grande, mas tem muitas coisas que falam ao nosso favor. Estamos mandando um ofício para a CBF mostrando a indignação e os pontos de que aquela bola não entrou. O bandeira estava muito mal posicionado e não teve convicção, tanto que começou a correr e parou no meio. Foi acionado o VAR, mas não tinha implementos tecnológicos suficientes. O que achei estranho é que o árbitro, quando confirmou o gol, fez o sinal do VAR, mas sabemos, porque foi dito, que não foi validado pelo VAR, mas por uma decisão do bandeira e do juiz”.

Erros constantes

Questionado sobre considerar que o Goiás ter sido prejudicado em outras oportunidades, Marcelo Almeida citou o gol da vitória do Flamengo. Na ocasião, o placar estava empatado em 1 a 1 e o time rubro-negro chegou ao triunfo aos 51 minutos da etapa final. Para o presidente esmeraldino, além do tempo assinalado pela arbitragem. “Infelizmente, e não estou querendo aqui chorar nenhuma mágoa, mas esse é o tipo de fato que tem acontecido, porque sabemos que estamos na ponta de baixo da tabela. Queira ou não, isso influencia negativamente para nós. Não estou querendo insinuar nada, mas se for para dar algum lance duvidoso, que dê para aquele mais forte”, ironizou.

O dirigente despistou sobre acreditar em um hipotético favorecimento e argumentou que “o VAR veio para tentar diminuir essas dúvidas. Sabemos que o ser humano é passível de erros e aquele mau intencionamento, muito comum no passado, entendo que não é uma coisa comum existir hoje, por isso que o VAR está aí. Só que mesmo o VAR, com toda a sua tecnologia, ainda deixa margem de dúvidas, como foi esse lance, por exemplo. Então, não só em mim e aos dirigentes, mas a todos os jogadores e a torcida, causou um espírito de indignação muito grande”.