Exatamente quatro meses depois de demitir Cristóvão Borges, o Atlético Goianiense, nesta quinta-feira (25), anunciou seu novo treinador, Vagner Mancini. O cargo, ocupado de forma interina pelo auxiliar técnico Eduardo Souza, foi discutido com outros três profissionais – Jair Ventura, Zé Ricardo e Alberto Valentim -, porém o paulista de 53 anos acabou escolhido pela diretoria rubro-negra.

Ex-volante do Grêmio, campeão da Libertadores em 1995, começou sua carreira como treinador pelo Paulista de Jundiaí, clube pelo qual surpreendeu nacionalmente em 2005, com o título da Copa do Brasil sobre o Fluminense. Voltou a ter sucessos no nordeste, com o bicampeonato baiano com o Vitória, em 2008 e 2016, além de outro estadual com o Ceará, em 2011. Pela Chapecoense, também foi campeão regional em 2017.

Ainda sem perspectiva de jogos oficiais, Vagner Mancini chega em Goiânia em julho para preparar o time para o Campeonato Brasileiro com a missão de consolidar o Atlético na Série A, que também disputa a Copa do Brasil, na terceira fase. O treinador traz consigo o auxiliar técnico Anderson Batatais e o analista de desempenho Cláudio Andrade – nesta semana, o clube perdeu o coordenador técnico Rafael Cotta.

Em 2019, Mancini passou por São Paulo e Atlético Mineiro. No Morumbi, foi coordenador técnico entre janeiro e setembro, ocupando de forma interina o cargo de treinador em fevereiro e março. Em outubro, assumiu o comando do Atlético Mineiro com contrato até o final do Brasileirão. O time terminou na 13ª posição, com 48 pontos – foram 13 jogos, quatro vitórias, cinco empates e quatro derrotas com Vagner.

O narrador Téo José, em sua participação na Sagres 730, durante o programa Hora do Esporte, destacou que foi “uma escolha média. O Vagner Mancini há muitos anos é treinador e tem três títulos regionais e um da Copa do Brasil com o Paulista, no começo de carreira. Acompanho ele a um certo tempo e acho médio, um treinador ainda com métodos tradicionais dentro de um futebol que tem se renovado”.

Na sua visão, “dos quatro que o Atlético estava observando, tirando Alberto Valentim, colocaria ele como a terceira escolha – tinha o Jair Ventura e o Zé Ricardo. Agora, no Atlético, o Adson Batista deve ter se entendido bem com ele na conversa, porque conversou bastante com esses treinadores. Ele deve ter a consciência de que o Adson vai ‘meter o dedo’ no time, porque sempre ‘meteu’”.

“Não estou dizendo que vai escalar, mas vai forçar uma barra, e, de repente, o Mancini, nessas conversas, o Adson achou que ele seria o ideal com relação a isso. Mas se é médio, não é uma má escolha, ela é média, então vamos ver o que vem pela frente. Terá muito tempo para trabalhar, porque o Campeonato Brasileiro não começa antes da metade de agosto, acho difícil começar em agosto”, acrescentou Téo José.

O narrador completou seu comentário de que o novo treinador rubro-negro “não apitou na formação do elenco, porque o Adson contratou todo mundo, e isso pode ser um problema do jeito que o Vagner Mancini pensa. É uma excelente pessoa, um cara trabalhador, direto e franco. Como profissional, é uma carreira longa para três títulos regionais e uma Copa do Brasil; acho pouco”.