O secretário Municipal de Planejamento Urbano e Habitação de Goiânia, Agenor Mariano, concedeu nesta quarta-feira (01) uma entrevista exclusiva à Rádio 730, na qual analisou a revisão do Plano Diretor de Goiânia.

Um dos principais pontos da revisão do Plano é a expansão urbana. O atual projeto, em vigor desde 2007, prevê uma cidade mais compacta, com a construção de prédios nas áreas centrais da cidade, distribuídos ao longo dos eixos. Com relação à expansão urbana, o secretário Agenor Mariano afirma que a concepção de cidade compacta trouxe prejuízos financeiros na arrecadação de impostos para Goiânia. 

“O atual Plano Diretor direciona para uma cidade compacta. Tem dez anos que não se faz expansão urbana em Goiânia e todos os dias chegam pessoas na cidade. Essas pessoas nem sempre têm dinheiro para comprar esses apartamentos considerados melhores. Com isso, muita gente está indo morar nos municípios vizinhos: Goianira, Trindade, Aparecida. Essa pessoa geralmente nunca foi no centro desses municípios. Ela vive em função de Goiânia, usufrui dos serviços que Goiânia oferece, mas está pagando os impostos em outra cidade”, explica Mariano.

Ainda de acordo com o secretário, não dá para revisar o Plano Diretor sem pensar na mobilidade urbana. “Nós temos a questão do BRT que está parado. O prefeito Iris Rezende, quando tomou posse, já encontrou essa obra paralisada. A obra chegou a ser retomada e foi paralisada novamente por questões burocráticas que envolvem a Caixa Econômica Federal. Existem muitas soluções para o transporte. Eu quero saber é se a cidade tem condições de pagar por elas”, enfatiza.

A avaliação do Plano Diretor é feita por técnicos da Prefeitura de Goiânia. Após 10 anos de aplicação do Plano, a Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Habitação (Seplanh) entendeu que seria necessária uma releitura dos atos urbanísticos, a fim de buscar uma direção para o desenvolvimento da primeira revisão periódica da Lei Complementar nº 171, de 2007 (Plano Diretor de Goiânia), prevista no seu artigo 225, como também no artigo 40 da Lei Federal nº 10.257, de 2001 (Estatuto da Cidade), que prevê a revisão dos planos diretores a cada dez anos.

Acompanhe a entrevista completa:

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