O advogado Ney Moura Telles e o ex-prefeito de Cristianópolis Juarez Magalhães Júnior serão notificados no começo desta semana a

oferecer defesa no prazo de 15 dias, caso queiram, na representação que o ex-deputado Luís Soyer protocolou na terça-feira.

O advogado Ney Moura Telles e o ex-prefeito de Cristianópolis Juarez Magalhães Júnior serão notificados no começo desta semana a oferecer defesa no prazo de 15 dias, caso queiram, na representação que o ex-deputado Luís Soyer protocolou na terça-feira. Soyer pede a expulsão de Ney Moura e Juarez Júnior do PMDB. Ambos são acusados de infringir o Código de Ética do partido, ao defender que o mesmo homologue apoio à candidatura do senador Marconi Perillo (PSDB) ao governo, na convenção de junho de 2010. O relator designado para o caso, Itamar de Castro Caiado, determinou ao secretário do Conselho de Ética da legenda, Francisco de Assis Brandão, as providências para a notificação dos dois.

Juarez Júnior e Ney Moura lideram corrente de apoio a Marconi, sob argumento de que o partido não dispõe de um nome competitivo para concorrer ao governo do Estado. Afirmam que o prefeito Iris Rezende seria excelente candidato, pois faz a melhora administração da história de Goiânia. Mas alegam que Iris não deve sair candidato, pois teria de entregar a administração ao vice-prefeito, Paulo Garcia, em junho de 2010.

Juarez Júnior e Ney Moura justificam a tese de apoio a Marconi a uma questão de afinidades. Lembram que o PSDB se originou do PMDB de São Paulo. Argumentam que da mesma forma que há correntes da sigla defendendo alianças com adversários históricos, a exemplos do PT, os dois também se julgam no direito de defender a aliança com os tucanos. Discordam que estejam infringindo o Código de Ética, porque pretendem levar a proposta até a convenção. “Antes da convenção não há o que se falar em quebra do Código de Ética”, avaliam.

Mas o processo pode ser extinto na tramitação – há correntes no PMDB que discordam de que a iniciativa de Soyer seja o melhor caminho. Os principais argumentos são a história e a biografia dos representados, que nunca fizeram parte de outro partido, e que não houve deliberação em convenção firmando posição para qualquer candidatura e alianças. Há ainda as históricas ligações dos acusados e familiares com o prefeito Iris Rezende e o receio de que o efeito da medida possa “envenenar” a imagem da sigla perante a opinião pública.

(texto de Divino Olário, com informações do jornal HOJE)