A aliança do MDB com o DEM, liderada pelo governador Ronaldo Caiado e pelo presidente regional do MDB, Daniel Vilela, põe fim a uma era da política goiana. A revolução de 1930 ascendeu ao poder em Goiás o grupo de Pedro Ludovico Teixeira. Os “decaídos”, expressão que se usava na época, foram Totó Caiado, avô do governador Ronaldo Caiado, e seus aliados.

>>Confira as outras edições do PodFalar

A rivalidade entre os dois grupos persistiu por todo século 20 e entrou pelo século 21. Primeiro as disputas ocorreram entre UDN/Arena – onde se abrigaram os caiadistas – contra o PSD/MDB. Depois da redemocratização, em 1982, Iris Rezende assumiu a liderança do grupo de Ludovico, ao se eleger governador pela primeira vez.

Por conta disso, Ronaldo Caiado entrou para a política como adversário de Iris, de Maguito Vilela e do MDB. Em 1998, Caiado foi um dos fiadores da aliança que elegeu Marconi Perillo (PSDB) e impôs uma derrota fragorosa a Iris Rezende. Agora tudo isso é passado, ou melhor, história, com a aliança entre Caiado e Daniel Vilela, o representante de Iris nessa parceria.

Qual a história se encerra neste momento? O que brota no campo político nesta segunda década do século 21? Quais são as forças emergentes que vão escrever as novas páginas da política goiana? Essas são algumas das perguntas deste episódio do PodFalar, que tem dois convidados especiais para nos ajudar a olhar para o passado e, mais importante, a jogar luz sobre as novas páginas da política goiana: o jornalista Vassil Oliveira e o cientista político Pedro Célio Alves Borges.