A discreta e, até agora, isolada, busca por unidade entre pré-candidatos ao Senado na base de Ronaldo Caiado e o novo crescimento das intenções de voto do presidente Jair Bolsonaro são os temas deste Podfalar. Esta edição tem apresentação e análises dos jornalistas Rubens Salomão, Fernanda Santos e Samuel Straioto.

Lideranças de partidos aliados ao governador Ronaldo Caiado (UB) têm se dividido em relação ao que pode ser a melhor estratégia para a eleição ao Senado neste ano. Enquanto a maior parte tenta vender o próprio peixe e garantir candidaturas independentes, alguns outros apontam que a união de forças daria maior chance de vitória a um nome que seja escolhido na base governista.

Ouça o podcast em seu player favorito:

Ouça “PodFalar #182 | Teto de Lula contra piso de Bolsonaro e a discreta defesa por unidade na base caiadista” no Spreaker.

Enquanto isso, o governador mantém oficialmente o discurso de que as candidaturas independentes são direito de cada partido e eles têm autonomia para tomar a própria decisão. Até agora, são pré-candidatos pela base Lissauer Vieira (PSD), Alexandre Baldy (PP), João Campos (Republicanos), Luiz Carlos do Carmo (PSC), além de Zacharias Calil e Delegado Waldir (ambos pelo União Brasil).

Aliados próximo ao governador, no entanto, apontam que o governador adota postura discreta, mas tem intenção de unir os partidos da base em torno de nome único ao Senado. O escolhido mais provável seria o presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira.

O presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira (PSD), aponta que os aliados devem ter maturidade para apresentar acordo para o governador. Só falta combinar com os russos.

É que a escolha de nome único deve ter como consequência a perda de partidos relevantes, o que pode fortalecer o grupo da oposição – seja no projeto do Major Vitor Hugo, ou de Gustavo Mendanha.

Teto ou piso

Pesquisas de intenção de voto divulgadas nos últimos três meses mostram um avanço do presidente Jair Bolsonaro (PL) em intenções de voto e recuperação de popularidade, embora o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continue na liderança e vença em todos os cenários para o segundo turno.

Em média, o percentual dos que avaliam positivamente o governo Bolsonaro subiu de 30% para 35% nos primeiros três meses deste ano. E nas pesquisas de intenção de voto, o presidente cresceu enquanto Lula se manteve estável.

Levantamento da XP/Ipespe, divulgado no início de abril, após o ex-juiz Sergio Moro trocar de partido e deixar a disputa para presidente, mostra Bolsonaro com 30% das intenções de voto, e Lula, com 44%. Na pesquisa anterior, do mesmo instituto, o presidente aparecia com 26%, e Lula, com os mesmos 44%.

O cenário se repete em vários outros levantamentos e os números fizeram o Podfalar buscar a ajuda da cientista política, professora da UFRJ, Mayra Goulart.

Língua solta

Para encerrar esta edição, tem o quadro língua solta, com a música tema da primeira banda goiana de rock, o Língua Solta. Em discurso na última semana, o prefeito de Manaus, Wilson Lima (Avante), (ex)aliado de Jair Bolsonaro, criticou o presidente e chamou Paulo Guedes de “imbecil” e de “pior ministro da Economia de todos os tempos”.

Segundo o prefeito, Bolsonaro e Paulo Guedes “não defendem os empregos” dos trabalhadores da Zona Franca de Manaus. Em discurso, Almeida declarou que é evangélico e foi eleitor de Bolsonaro em 2018, mas pediu que população o cobre pelo seu próprio trabalho e por optar seguir com Guedes no governo.

Confira edições anteriores: