A sub-representação feminina no STF, com o aumento da pressão para que Lula indique uma mulher negra para a Suprema Corte, e a reforma do secretariado de Rogério Cruz, em que o prefeito busca o último fôlego para viabilizar participação nas eleições 2024, são os temas da edição 248 do PodFalar. O primeiro podcast de política de Goiás tem apresentação e comentários dos jornalistas Laila Melo e Samuel Straioto.

A pressão para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indique uma mulher negra para o Supremo Tribunal Federal (STF) tem aumentado cada vez mais. Mesmo diante de cobranças, Lula vem sinalizando a preferência por um homem para a cadeira que hoje pertence à ministra Rosa Weber.

A atual presidente do STF se aposenta neste mês de setembro e ocupa a vaga que pertenceu a Ellen Gracie, primeira mulher a integrar a Corte. Entretanto, o chefe de Estado vem indicando que dará preferência ao que aliados descrevem como uma “solução política”.

Pressão

Um grupo de organizações se uniu para criação de abaixo-assinado para pressionar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a nomear uma mulher negra e progressista. Um dos grupos integrantes é o Coalizão Negra.

O ex-ministro do STF, Carlos Ayres Britto defende que a próxima indicação do presidente Lula à corte seja uma mulher. Ele argumenta que Lula não pode “dar com uma mão e tirar com a outra”.

Publicamente, o presidente Lula vem se esquivando de falar sobre o assunto. Antes mesmo da indicação de Cristiano Zanin em junho, o petista evitava falar sobre indicações femininas para a suprema corte.

Mesmo dentro do governo, já ocorreram manifestações distintas para que o presidente indique uma mulher negra, como foi o caso dos ministros Aniele Franco, da Igualdade Racial e Sílvio Almeida da área de Direitos Humanos.

PodFalar 248 destaca a sub-representação feminina no STF

Abaixo da média

Em 132 anos de história, o Supremo Tribunal Federal (STF) teve, em sua composição, 171 ministros. Entre eles, apenas três mulheres – e nenhuma delas negra.

Duas delas fazem parte da atual composição: Carmen Lúcia e Rosa Weber. A pioneira foi a ministra Ellen Gracie, que integrou a Corte de 2000 a 2011.

O Brasil está abaixo da média global Quando o assunto é nomeação de mulheres para cargos em Cortes supremas e constitucionais, segundo um estudo realizado pela Universidade de Oxford, apresentado pela Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) em março deste ano.

O relatório, intitulado “Quem estamos empoderando? – Indicadores e Tendências sobre Diversidade Judicial em Cortes Constitucionais”, apontou que o Brasil teve uma taxa de apenas 11,1% de nomeação de mulheres no Supremo, entre 2000 a 2021, diante de 26% de taxa global.

Paço Municipal

Uma nova reforma do secretariado deve pintar na gestão do prefeito Rogério Cruz (Republicanos). A ação é vista como uma última tentativa para dar fôlego político ao gestor, no sentido de melhorar a avaliação da administração municipal e viabilizar a participação nas eleições municipais do ano que vem.

Desde o início da gestão, o prefeito Rogério Cruz promoveu 65 trocas no secretariado. Apenas sete titulares permanecem nos cargos nomeados desde o início da gestão. Ao todo, 84 nomes diferentes estiveram ou estão presentes na gestão desde que Rogério Cruz assumiu definitivamente a Prefeitura de Goiânia, no dia 15 de janeiro de 2021.

Rogério Cruz prepara novas mudanças nos secretários da administração municipal previstas para serem promovidas em pelo menos 11 pastas. Entre elas, secretarias importantes como Saúde, Governo, Administração, Relações Institucionais, além de Política para Mulheres e Escritório de Prioridades Estratégicas.

O prefeito segue na busca por nomes junto a partidos que já integram ou que poderão aderir à base governista para a indicação de cargos em primeiro escalão.

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*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 5 – Igualdade de Gênero e ODS 16 – Paz, justiça e instituições eficazes

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