(Foto: Reprodução/Twitter)

O policial civil goiano, Omar Rocha Fagundes, foi alvo de mandado de busca e apreensão nesta terça-feira (16) em inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga difusão de informações falsas, injúrias e calúnias contra ministros. O mandado foi autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, que preside o inquérito aberto a pedido do presidente, ministro Dias Toffoli.

Além do policial goiano, foram alvo de mandados o general da reserva, Paulo Chagas, que foi candidato a governador do Distrito Federal (DF) em 2018, Gustavo de Carvalho e Silva, Sergio Barbosa de Barros, Isabella Sanches de Sousa Trevisani, Carlos Antonio dos Santos e Ermírio Aparecido Nardini. Os mandados foram cumpridos em São Paulo, Goiás e DF.

Para o ministro, mensagens divulgadas pelo general e os demais investigados contêm “graves ofensas a esta Corte e seus integrantes, com conteúdo de ódio e de subversão da ordem”.

A Polícia Civil de Goiás informou por meio de sua assessoria que aguarda informações do STF acerca da investigação do Supremo Tribunal Federal, a fim de apurar eventual desvio de conduta do servidor. A Sagres apurou que Omar Rocha trabalha em Anápolis. Em suas redes sociais o policial critica o STF, os políticos de esquerda, os petistas, e defende o governo de Jair Bolsonaro e a Lava Jato.

Em 20 de fevereiro, por exemplo, Omar Rocha republicou uma mensagem do procurador da República, Daltan Dallagnol criticando uma decisão do ministro Dias Toffoli que beneficiaria o ex-ministro Guido Mantega e escreveu: “Fica difícil combater corrupção quando o STF tem bandidos de estimação e os protege a todo custo, mesmo jogando na lama uma instituição inteira.”

{source}
<blockquote class=”twitter-tweet” data-lang=”pt”><p lang=”pt” dir=”ltr”>Fica difícil combater corrupção quando o STF tem bandidos de estimação e os protege a todo custo, mesmo jogando na lama uma instituição inteira. <a href=”https://t.co/Z0M3iiWzvT”>https://t.co/Z0M3iiWzvT</a></p>&mdash; OMAR ROCHA FAGUNDES (@OMAR_FAGUNDES) <a href=”https://twitter.com/OMAR_FAGUNDES/status/1098315862891786240?ref_src=twsrc%5Etfw”>20 de fevereiro de 2019</a></blockquote>
<script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>
{/source}

Alexandre de Moraes citou duas mensagens do policial goiano publicadas em março. “O nosso STF é bolivariano, todos alinhados com narcotraficantes e corruptos do País” e “O Peru fechou a corte suprema do país. Nós também podemos! Pressão total contra o STF”.

O ministro determinou também o bloqueio de todas as contas dos investigados nas redes sociais, mas a até a publicação desta reportagem elas não haviam sido bloqueadas. O general da reserva, Paulo Chagas, informou por suas contas nas redes que tinha sido alvo de mandado de busca e apreensão. “Caros amigos, acabo de ser honrado com a visita da Polícia Federal em minha residência, com mandato de busca e apreensão expedido por ninguém menos do que ministro Alexandre de Moraes. Quanta honra! Lamentei estar fora de Brasília e não poder recebê-los pessoalmente”, ironizou em seu perfil no Twitter.