Começou a valer nesta quarta-feira (28/4) o novo decreto de Goiânia com ampliação dos horários de funcionamento de bares e restaurantes, liberação de eventos e áreas comuns de condomínios. Em entrevista à Sagres, o prefeito da capital, Rogério Cruz, justificou as flexibilizações com base nos indicadores da pandemia, que têm apresentado queda nos últimos 10 dias.

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A taxa de ocupação de leitos da UTI em Goiânia está abaixo dos 80% desde o dia 16 deste mês. De acordo com o último boletim epidemiológico desta terça, esse índice está em 69% e nas enfermarias o número é maior: 72%. Segundo a secretaria de saúde do município, não há fila de espera por leitos na capital.

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“Isso nos da segurança para propor medidas de equilíbrio entre a saúde e a economia da capital. Chegamos a 400 mil doses de vacinas aplicadas em Goiânia. Temos testado cerca de 800 pessoas por dia e, além disso, estamos tratando casos assintomáticos. Isso tudo nos dá segurança para permitir as flexibilizações com segurança como estamos fazendo há alguns dias”, ressaltou Rogério Cruz.

Sobre a possibilidade de que essas medidas tenham impacto negativo nos índices futuramente, o prefeito argumentou que a avaliação epidemiológica é feita diariamente. “A prefeitura tem feito a análise dos dados todos os dias. O Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública (COE) também faz essa análise nas segundas-feiras. Temos testado, vacinado e fiscalizado o descumprimento do decreto. Caso haja um aumento da demanda, estaremos preparados para cuidar de quem precisa. A população precisa nos ajudar, se cuidando. A pandemia ainda existe e somente com a união de todos poderemos vencer”.

A taxa de transmissão da doença em Goiânia está em 0,9%, o que para o prefeito é um número aceitável. “Está dentro do que a Organização Mundial da Saúde preconiza e é nisso que estamos pautando nossos decretos, para que sejam bem editados”, pontuou.

COMPRA VACINAS

Rogério Cruz informou que Goiânia tem empenhado R$ 55 milhões para a compra de vacinas. “Caso tivéssemos laboratórios disponíveis a entregar vacinas com segurança, nós compraríamos esses imunizantes. Nós pedimos a procuradoria municipal que enviasse ao STF um documento protocolado que nos trouxesse a segurança e garantia de que ao chegar vacina, elas ficariam em Goiânia. Até agora não tivemos respostas. Todos os caminhos que tomamos, inclusive com a Frente Nacional de Prefeitos, do qual faço parte, não foram suficientes”, disse Rogério Cruz.

Goiânia tem recebido 30% das doses que são enviadas pelo Ministério da Saúde ao estado. Até esta quarta, 242.703 pessoas receberam pelo menos uma dose do imunizante.