A Prefeitura de Goiânia vai apresentar nesta quinta-feira (28) um plano para retomada controlada do comércio e atividades não essenciais com critérios sanitários e regras para evitar o contágio da população pelo coronavírus. A decisão ocorreu após reunião extraordinária nesta quarta-feira (27) com o Comitê de Crise da administração municipal.

A prefeitura seguiu o decreto estadual de 19 de abril, que limita o funcionamento das atividades consideradas essenciais. O retorno, após mais de dois meses das regras estaduais, depende de sinalização positiva da Secretaria Municipal de Saúde. A última portaria foi no dia 4 de maio e recomenda a não flexibilização das atividades não essenciais à população.

Segundo a gestão municipal, na segunda-feira (1º)  já poderão reabrir as imobiliárias e os mercados municipais. Também serão liberados os treinos de futebol. O anúncio foi feito pelo prefeito Iris Resende (MDB). Segundo ele, desde o surgimento da pandemia a prefeitura toma medidas para controlar a propagação do contágio e por isso consegue planejar a retomada da economia.

O prefeito Iris diz que espera a “contribuição de cada pessoa, utilizando a máscara e evitando ajuntamentos para que, daqui a pouco, tudo em Goiânia esteja aberto e o povo novamente feliz”.

A secretária de Saúde de Goiânia, Fátima Mrué, disse que os critérios foram definidos para retomar alguns segmentos de forma “segura para a população e, se possível, de forma escalonada”, contemplando as mais de 80 propostas de flexibilização recebidas pela prefeitura nas últimas semanas.

Segundo Mrué, o plano foi construído em diálogo com empresários e entidades que ajudaram na construção da retomada das atividades. “Não significa que vão abrir segunda-feira, terça ou na outra semana, mas é um plano que contempla em longo prazo, até o final da epidemia, os momentos em que uma determinada atividade possa ser liberada”, explica, ao acrescentar que vão começar a ser liberadas de acordo com o risco de transmissão da doença .

“Atividades que aglomeram pessoas provavelmente serão as últimas a serem liberadas”, disse. Fátima também explicou que a situação epidemiológica da cidade hoje é próxima ao pico de contaminação e a preocupação é com a “capacidade assistencial, mais especificamente de leitos de UTI”.

“Então o que temos que fazer é ajustar a taxa de transmissão à nossa capacidade assistencial. Nesse momento nós temos uma situação em que a taxa de ocupação é de 80%, ou seja, uma taxa que nos preocupa, então não podemos abrir mais nenhum segmento que coloque a população em risco”.