O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, minimizou os riscos da exploração de petróleo na margem equatorial, próxima a Foz do Rio Amazonas. Prates participou de audiência pública  no Senado, nesta quarta-feira (16), em sessão conjunta das comissões de Infraestrutura e de Desenvolvimento Regional e Turismo.

Então, o presidente da petroleira minimizou os possíveis riscos ambientais e defendeu a extração de petróleo na região. “Isso já existe. Escoa petróleo pelo Rio Amazonas todos os dias chegando à refinaria de Manaus”. Prates explicou que o Polo de Urucu explora petróleo na Amazônia desde 1986.

A Petrobras pediu ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que reconsiderasse a análise da licença ambiental para exploração de petróleo na bacia da Foz do Amazonas. Porém a região compreende a margem equatorial brasileira,  localizada da costa do Amapá até o Rio Grande do Norte.

Descoberta

A margem equatorial é a nova fronteira da exploração de petróleo com as descobertas de volume do produto na Guiana, Guiana Francesa e Suriname. Assim, a Petrobras pediu autorização do Ibama para explorar a Margem Equatorial Brasileira, entre o Amapá e o Rio Grande do Norte.

Segundo a empresa, a região “apresenta um importante potencial petrolífero e conta com uma série de oportunidades para melhorar a vida de milhares de brasileiros”. Então, a Petrobras pontuou que a região é importante para o desenvolvimento regional e nacional.

Entretanto, a polêmica em torno da região é a proximidade com a Foz do Rio Amazonas. No entanto, Prates esclareceu que o local que a empresa quer perfurar fica a 170 quilômetros da costa do Amapá e a 580 quilômetros da foz do Amazonas. O presidente da estatal ainda afirmou que a licença é apenas para descobrir se há ou não petróleo na região.

“Aquela descoberta pode não ser comercial, tem no meio uma avaliação econômica. Estamos falando aqui de pelo menos cinco a oito anos para ter o primeiro óleo nessa área se a gente receber a licença nesse ano ou início do ano que vem”, destacou.

Transição de fontes

O empenho da Petrobras para buscar petróleo na margem equatorial brasileira é visto com preocupação em relação à transição energética da empresa. Para Prates, a transição energética será financiada com a exploração de petróleo. 

“A transição energética para empresa de petróleo é uma metamorfose ambulante, tem que investir em petróleo para pagar a transição energética”, argumentou.

*Com informações da Agência Brasil

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