O sucesso que teve no futebol profissional com mais uma Série A garantida e a vaga na Copa Sul-Americana confirmada para o ano que vem, o Atlético Goianiense conseguiu repetir em parte de suas categorias de base, quando foi campeão no sub-13 e no sub-15, e ficou com vice-campeonato no sub-17.

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Entretanto, a campanha não se repetiu no futebol feminino. A equipe atleticana não passou da primeira fase do Campeonato Brasileiro da Série A2, sendo derrotada nas cinco partidas, sofrendo 18 gols e marcando apenas um durante a competição.

Em 2021 o calendário do time feminino do Dragão acabou ainda em junho, já que após a eliminação na competição nacional, a diretoria optou em não disputar o Campeonato Goiano. O estadual teve apenas as presenças do Vila Nova/Universo, Aliança e Atletas de Jesus.

A formatação de uma equipe feminina é uma exigência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para os times que disputam a Série A do Brasileirão no masculino. Por isso o Atlético-GO continuará com o projeto em 2022, mesmo não tendo uma estrutura ideal, como destacou o presidente Adson Batista.

“Eu acho que o futebol feminino tem o seu espaço, mas ele é muito midiático. Ele vai ter que ‘comprar a sua bronca’ e conquistar o seu espaço assim como o futebol profissional conseguiu. O Atlético-GO ainda não tem uma estrutura ideal e falta um pouco de apelo, ele é mais da mídia. É preciso ter mais mulheres praticando. Não sou contra não, acho que se tiver qualidade e apelo, nós teremos espaço para ele”, disse em entrevista à Sagres.

Segundo o dirigente, o crescimento da presença feminina nos jogos do Atlético-GO no Antônio Accioly demonstram que as mulheres se aproximam cada vez mais do futebol. Entretanto, ainda há um espaço grande entre o interesse em acompanhar o time do coração e praticar o esporte.

“Duvido ter um clube no Brasil com mais presença feminina do que o Atlético-GO em seus jogos. Acho que 50% da torcida do Atlético-GO hoje é mulher e isso me orgulha muito. O clube vai dar o espaço, mas o futebol feminino precisa ter mais apelo porque é difícil encontrar jogadores e é necessário fazer um estudo mais profundo”, frisou o mandatário.

A CBF alterou os formatos do Campeonato Brasileiro Feminino e com isso, em 2022 o Atlético-GO disputará a Série A3 do torneio. Nesta competição, participam os 27 campeões estaduais mais os cinco melhores do ranking.