As executivas de DEM e PSL se reúnem no próximo dia 21 para bater o martelo sobre a fusão das duas siglas. Em entrevista à Sagres, o presidente do DEM Metropolitano, Lívio Luciano, afirmou que a fusão de dois partidos grandes não é uma tarefa simples, mas existe a vontade de ambas as partes “porque os frutos serão interessantes”.

Leia também: MDB planeja grande evento com Ronaldo Caiado para anunciar aliança com DEM

“O partido terá o maior tempo de TV e rádio e maior fundo eleitoral, porque vai consolidar uma bancada de 83 deputados federais. Sabe-se que alguns deles [deputados do PSL] deverão sair, aqueles que acompanham de maneira mais próxima o presidente Jair Bolsonaro (Sem partido), mas o que vale para o fundo eleitoral e o horário de rádio e TV é exatamente a época da eleição, então vai ser um partido que vai nascer como o maior do brasil, inclusive com oito senadores”.

Ouça a entrevista completa:

Sobre os deputados que podem deixar o PSL, por causa da fusão, Lívio detalhou que cerca de 50% pode optar pela saída, mas que isso vai depender das sinalizações de Bolsonaro, que pode ter interesse em se aproximar do partido, diante dos nomes presentes na nova sigla, como o do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM), cogitado como um possível candidato a presidência pela nova sigla.

“É lógico que um partido desse porte pensa em lançar um candidato próprio para presidente da República. Mas pelo que eu pude detectar, não é uma ideia fixa, não é obrigatório que se lance. Vai depender muito também da conversação com o Governo Federal. Acho que nada é definitivo neste momento, assim como a criação do partido ainda não é definitiva. As postulações, direção e diretrizes a serem seguidas serão construídas ao longo do tempo até chegar 2022, no período eleitoral”.

Uma das discussões que pode atrapalhar a fusão entre os partidos é com quem ficará o comando em estados como Rio de Janeiro e São Paulo, por exemplo. Lívio explicou que caso a fusão não se concretize, esse deverá ser o motivo, mas que, no momento, é mais provável que a fusão aconteça. Agora, nos estados em que o DEM ou PSL tem governadores, esses devem assumir o comando da nova sigla.

“O governador Ronaldo Caiado concorda com a fusão, porque é uma boa ideia. Todo governante precisa ter sustentação política e quanto maior o porte do partido, melhor fica para você ter governabilidade no seu estado. Então está definido que onde tiver governador, ele vai dominar o partido, ou seja, em Goiás, Caiado será o grande líder, o grande comandante deste partido que deverá ser criado”.

O presidente do DEM ainda declarou que a nova sigla não será nem PSL e nem DEM e que o número também deve mudar, ou seja, 17 e 25 não serão mais utilizados.

Assista a entrevista no Sagres Sinal Aberto: