Dos 32 pacientes com Covid-19 transferidos de Manaus para Goiânia, quatro estão em estado gravíssimo e outros 16 estão em estado grave, mas sem intubação. Os pacientes estão internados no Hospital das Clínicas, da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG), em Goiânia, e no Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP).

Os quatro pacientes em estado gravíssimo e entubados estão em UTIs do HC. De acordo com o superintendente da unidade, José Garcia Neto, as equipes trabalharam intensamente para estabilizar os pacientes. “Eles chegaram muito descompensados e mais grave do que a gente esperava. Os gravíssimos estão em ventilação mecânica com quadro de comprometimento pulmonar muito avançado, além de instabilidade cardiovascular. O funcionamento do coração está sendo mantido à base de drogas vasoativas”, explicou.

Ele ressaltou que o HC receberia o total de 20 pacientes, mas os dois últimos que chegaram de Manaus tiveram que ser levados para o HMAP. “Solicitamos a gentileza para que o Estado pudesse remanejar esses pacientes porque a gente havia arrebanhado toda nossa equipe para salvar dois outros pacientes que estavam em instalação de óbito no momento da chegada. Antes que sobrecarregasse a nossa situação durante a madrugada, achamos melhor pedir esse apoio”, informou.

O HC tem ainda 5 pacientes na UTI sem a necessidade de intubação e 9 na enfermaria estabilizados hemodinamicamicamente, mas apresentam instabilidade respiratória.

Segundo a assessoria de imprensa do HC, a esposa de um dos pacientes da UTI veio para Goiânia por conta própria e procurou atendimento médico por estar com sintomas da Covid-19. A unidade de saúde informou que está providenciando a internação dela.

HMAP

Dos 14 pacientes encaminhados para o Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP), 11 estão em estado grave, mas nenhum precisou ser intubado. Um paciente está em estado regular e dois estão estáveis.

Entre os 11 pacientes graves, seis estão em UTIs. Todos os 14 estão isolados dos pacientes locais e sendo tratados por equipes exclusivas para o atendimento aos recém-chegados.

A comunicação dos pacientes vindos de Manaus com seus familiares é feita por vídeo chamadas realizadas nos próprios leitos.