A partir das 16h30 deste sábado (19), Atlético Goianiense e Vila Nova iniciam mais uma disputa no Campeonato Goiano. Desta vez, o jogo no estádio Antônio Accioly tem caráter mais decisivo, válido pela semifinal da competição. Será o primeiro de dois duelos entre os rivais, que já se enfrentaram duas vezes na primeira fase, ambas vencidas pelos colorados.

Depois das duas derrotas seguidas, tanto no Onésio Brasileiro Alvarenga quanto no Antônio Accioly, o que não acontecia em jogos oficiais no retrospecto do clássico desde 2003, o Atlético perdeu o favoritismo de outrora. Dono de melhor campanha na temporada, o Vila Nova “está mais acertado do que nós”, segundo o presidente rubro-negro Adson Batista.

Como parte do especial para promover a partida desta tarde, a Sagres propôs um debate diferente do habitual. Ao invés do tradicional ‘Quem é quem’ dos comentaristas, a repórter Nathália Freitas tabelou com dois protagonistas do clássico, o ex-goleiro Márcio, do Atlético, e o ex-meio-campista Tim, do Vila Nova.

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Goleiro: Vila Nova

Embora com números melhores, com cinco gols sofridos em 11 partidas, além de sete jogos sem ser vazado, Luan Polli foi preterido por Georgemy, que em 13 partidas sofreu 11 gols e ficou cinco jogos sem ser vazado. Segundo Márcio, “todos os dois são bons goleiros, mas hoje prefiro o Georgemy, porque ele vem mostrando uma qualidade muito grande”.

Meio-campo: Atlético

Já no setor central do campo, “o meio-campo do Atlético é melhor”, destacou Tim. “No Vila, Arthur Rezende e Pablo Roberto estão jogando muito bem, quem está deixando a desejar é o Wagner. Mas se pegarmos Baralhas, Marlon Freitas e Jorginho, é um meio-campo mais qualificado”, explicou.

Por outro lado, “se bem que o próprio Marlon não está jogando o que sabemos que ele tem condições, mas o clássico é o momento em que muitas vezes esses jogadores que têm condições de fazer a diferença aparecem”.

Defesa: Vila Nova

“Gosto mais do sistema defensivo do Vila Nova”, afirmou Márcio, que justificou que a defesa colorada “vem com uma consistência muito grande desde a temporada passada, já jogam juntos há muito tempo. Você consegue escalar o sistema defensivo do Vila Nova”.

“Na verdade, sabemos que quando o torcedor consegue escalar o time, é que está dando certo, e hoje o torcedor do Vila Nova consegue escalar. Eu já não vejo isso tanto no Atlético, as posições vêm se alternando, até para buscar a melhor equipe”, completou.

Ataque: Vila Nova

No setor ofensivo, a vantagem também é colorada. Com 24 gols marcados em 14 jogos, o Vila Nova tem três gols de vantagem. Para Tim, “isso que o Márcio falou tem muito fundamento, o torcedor já sabe escalar o Vila”. Diferente de outras épocas, a diretoria vilanovense “manteve o time e o trabalho do Higo vem desde a temporada passada”.

“No Atlético, o ponto fraco nesse momento é o ataque, tanto que estamos aqui ‘quem vai jogar?’. Hoje eu poderia escalar o Shaylon, pelo que mostrou na Copa do Brasil. Os outros, mesmo o Wellington Rato, que sabemos que é diferenciado, nessa volta ao Dragão ainda não conseguiu jogar bem. Nesse momento, o ataque do Vila é melhor”, explicou.

Treinador: Vila Nova

No comando, o vilanovense Higo Magalhães. Tim ponderou que “o Umberto Louzer ainda é recente, está conhecendo melhor o elenco. Tem essa dificuldade, que vem desde o Marcelo Cabo, passou pelo Eduardo Souza e o Louzer ainda não conseguiu encontrar o ataque ideal. O trabalho do Higo é mais consistente, porque já vem desde o ano passado”.

“Ele foi muito bem na Série B, completou há pouco mais de 50 jogos no comando do Vila Nova, então tem uma consistência maior. O Louzer é um ótimo treinador, também vem fazendo um bom trabalho no Atlético, mas está no início e tem muita coisa para desenvolver ainda. Eu escolheria o Higo nesse momento, sim”, completou.

Para Márcio, “eu replico o que o Tim falou. Eu também escolheria o Higo nesse momento. Está começando agora, mas está começando de uma forma muito boa, com resultados expressivos diante de circunstâncias bem difíceis. Sabemos das dificuldades financeiras, mas mesmo assim ele consegue fazer com que os jogadores reflitam o que ele quer”.