Visando a grande decisão do Campeonato Goiano que acontece neste domingo (7), no Estádio Serra Dourada, entre Goiás e Vila Nova, a edição do programa Debates Esportivos, da Rádio 730, desta sexta-feira (5), recebeu o presidente do Goiás, Sérgio Rassi. O presidente do Vila Nova, Ecival Martins, também foi convidado para participar do programa, mas alegou estar muito atarefado e que não poderia comparecer.

Entre os assuntos debatidos, Sérgio Rassi falou sobre a expectativa para a decisão, planos para o restante da temporada, Sílvio Criciúma, estrutura, o financeiro do clube, entre outros.

Confira abaixo os pontos mais importantes da entrevista do presidente esmeraldino:

O Goiás já pode ser considerado tricampeão goiano?

– O futebol prega peças a todo instante, e Goiás x Vila Nova sempre foi um clássico resolvido nos detalhes. O jogo em que abrimos vantagem não traduz de fato o que foi a partida. Foi um duelo muito parelho, em alguns itens o Vila foi até mesmo superior ao Goiás. O Vila Nova jogou mais com o coração e o Goiás com a razão. Os gols saíram de falhas de alguns atletas do adversário e assim abrimos essa vantagem.

O Vila Nova pode reverter esta vantagem que o Goiás conquistou?

– Temos alguns exemplos de times nos últimos dias que conseguiram essa grande vantagem de 3 a 0, como Corinthians, Atlético-PR, Real Madrid e o próprio Goiás. Espero que os deuses do futebol não estejam querendo pregar uma peça nesses quatro que conseguiram vantagem, e se quiserem que não seja no Goiás.

Até que ponto essa vantagem dá tranquilidade para o Goiás?

– O Goiás com o placar conquistado entra com uma vantagem confortável, onde pode continuar jogando com a razão. Já o Vila Nova terá que partir pra cima, é quem tem que tomar iniciativa corre mais riscos, fica vulnerável. Contra Atlético tínhamos uma vantagem menor e soubemos administrar o placar.

Torcida do Vila Nova vai deixar de ir ao jogo por conta da desvantagem no placar?

– Tenho dúvidas se a torcida do Vila não vai comparecer. São torcedores muito fieis e sabem que tudo pode acontecer no futebol. Tudo é uma festa, o resultado é uma contingência. Mas nossa torcida vai comparecer, tenho certeza.

Balanço financeiro e objetivos.

– O futebol tem duas facetas: a mais importante, que é a do futebol, é a paixão e conquista de títulos, mas para que alcancemos esse e outros objetivos é mais fácil se você tiver um equilíbrio financeiro. Não quero só que o Goiás suba, mas quero que suba, fique e progrida. Desejo um título de expressão, para isso precisa ter uma estrutura sólida, isso é necessário, não se constrói castelos de areia esperando que durem. Sem a estrutura sólida, tudo se desfaz rapidamente.

Perspectivas para o futuro.

– Estou muito animado este ano, noto que o Osmar (diretor de futebol) adquiriu uma maturidade, e com isso não perdeu sua competência, honestidade e paixão pelo clube. Temos um treinador que está chegando e que tem um perfil como queremos, perfil sério, que joga para frente, propõe o jogo, é disciplinador, mas sabe abraçar os atletas. E temos ainda o Sílvio para qualquer emergência. Este ano estamos bem arrumadinhos e com a situação financeira que nos permite fazer todas essas ações e sonhar.

Sobre o Goiás mandar os jogos do Brasileiro no Estádio Serra Dourada.

– Eu preferiria no Olímpico, juntamente com o Júnior Vieira, mas o Hailé, Marcelo, Osmar e outros votaram no Serra Dourada.

Com o desempenho que o Sílvio Criciúma apresentou, houve algum arrependimento em não efetivá-lo?

– Tudo que é combinado e planejado não deixa nenhum mal entendido. Desde o início o Silvio já sabia que ficaria como interino e falamos que esta experiência seria boa para sua formação como técnico e que ele, futuramente, será técnico o Goiás. Isso faz parte do aprendizado, ele foi muito bem até aqui, perdemos o jogo para o Fluminense, mas era um time bem superior ao Goiás, jogamos na casa deles. Mas o Silvio vem cumprindo sua função muito bem e o momento dele vai chegar.