Empossado presidente do Brasil pela terceira vez no último domingo (1º), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve um primeiro dia de trabalho agitado, com 52 decretos presidenciais e quatro Medidas Provisórias (MPs) assinados.

Entre os decretos firmados, o de nº 11.368 autorizou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a retomar a captação de doações financeiras destinadas ao Fundo Amazônia, iniciativa financiada pelos governos de Noruega e Alemanha.

O fundo tem por objetivo “investimentos não reembolsáveis em ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento e à conservação e uso sustentável do bioma amazônico”. Atualmente, cerca de cerca de R$ 3,3 bilhões estão bloqueados.

Em visita ao Brasil para a posse de Lula, Thérèse Coffey, secretária de Estado do Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais do Reino Unido, destacou a intenção do governo britânico de ingressar no Fundo Amazônia após sua reabertura pelo novo governo.

“É algo que estamos analisando seriamente”, afirmou a ministra à Reuters, que se reuniu com os ministros brasileiros Marina Silva, do Meio Ambiente, Carlos Fávaro, da Agricultura, e Sônia Guajajara, dos Povos Indígenas, além de Helder Barbalho, governador do Pará.

Após a conversa com Marina Silva, Coffey postou em sua conta no Twitter que “discutimos as prioridades (do Brasil) no reflorestamento, no combate aos crimes ambientais e na biodiversidade. O Reino Unido apoiará de bom grado esta agenda”.

“Iniciando 2023 com reuniões esclarecedoras e importantes com os novos representantes do governo brasileiro. Queremos fortalecer ainda mais a parceria entre nossos países”, publicou a representante do governo britânico em outra postagem.

Segundo a ministra, o Reino Unido está em conversas com os parceiros do fundo, congelado pelo governo Bolsonaro, que na época alegou, sem apresentar provas, irregularidades em projetos administrados por ONGs. Na última gestão do Governo Federal, o desmatamento no Brasil atingiu o maior nível em 15 anos.

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