A Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC) divulgou neste domingo (20), nota à imprensa sobre a paralisação do transporte coletivo da região metropolitana iniciada neste sábado (19). De acordo com a órgão, representantes da Prefeitura de Goiânia e das empresas que operam o transporte público coletivo em Goiânia e região metropolitana se reuniram nesta manhã e as negociações terminaram sem acordo.

De acordo com a nota, a CMTC levou uma proposta da prefeitura de Goiânia de repassar aproximadamente R$ 1,8 milhão às empresas sendo o aporte financeiro valendo a partir deste mês de dezembro, e para os meses seguintes (janeiro a junho) a próxima administração faria o repasse de uma parcela do déficit operacional mensal das empresas, déficit esse que tem valores variados.

“A nova administração aceitou fazer o repasse, mas não houve acordo por parte das empresas, que entendem que a atual gestão deve também assumir o custo do déficit acumulado desde abril de 2020”, apontou a nota. Neste domingo (20), após reunião, ficou acertado que as empresas buscariam meios para que o serviço de transporte volte a operar nesta segunda-feira (21), “sem prejuízo ao usuário” e as negociações devem ser iniciadas com a nova gestão municipal de Goiânia e demais municípios a partir de 1º de janeiro de 2021.

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Sindicato

O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano e Passageiros da Região Metropolitana de Goiânia (SET) também divulgou nota sobre a reunião com a Companhia Metropolitana do Transporte Coletivo (CMTC). De acordo com o sindicato, não houve entendimento devido a proposta apresentada pelo poder público ser ilegítima.

“O que foi proposto vai deixar o problema de 2020 para a próxima gestão da administração municipal, sem trazer qualquer solução imediata”, apontou o presidente do SET, Adriano Oliveira, em nota.

Segundo a nota, as empresas fizeram reivindicaram à Prefeitura, que fizesse a adesão ao Plano Emergencial do Governo do Estado ou que apresentasse um plano emergencial substituto, o que está determinado na ação movida pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO).

Sobre o retorno das atividades, o SET informou que as empresas terão uma reunião com os funcionários na tarde deste domingo (20) para apresentar uma proposta de composição para que o movimento possa ser suspenso nesta segunda-feira.

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Entenda

O serviço de transporte coletivo da região metropolitana de Goiânia amanheceu inoperante neste sábado (19). A paralisação dos trabalhadores é decorrente da falta de solução sobre o restante do pagamento dos salários de novembro, que estão atrasados, e a quitação do 13º salário. Além disso, os trabalhadores questionam a falta de segurança se haverá recursos para o pagamento dos salários de dezembro das empresas que fazem parte do sistema de transporte público.

Segundo o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano e Passageiros da Região Metropolitana de Goiânia (SET), as garagens da Cootego, HP Transportes, Rápido Araguaia e Viação Reunidas estão paradas. A Metrobus, empresa pública que opera o eixo em corredores, funciona normalmente.