Quase duas semanas após a saída do técnico Marcelo Cabo, o Atlético Goianiense segue sob o comando da comissão permanente e do auxiliar Eduardo Souza. As três vitórias consecutivas conquistadas com o interino dão tranquilidade para a diretoria buscar um novo treinador no mercado. O próprio presidente Adson Batista, em contato com a Sagres, afirmou não ter pressa para fazer essa contratação.

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O dirigente entende que não pode errar na escolha do profissional, por isso prega cautela. Entretanto, nesta semana Vágner Mancini foi demitido do Grêmio e assumiu o topo da lista de preferências do mandatário rubro-negro para assumir o time em 2022. Ele é bem visto no Dragão pelo bom trabalho feito no Brasileirão de 2020, quando a forma como o Atlético-GO enfrentava seus adversários chamou a atenção e, de certa forma, surpreendeu muita gente.

Apesar de reforçar seu apreço pelo trabalho de Vágner Mancini em diversos pronunciamentos, Adson Batista não vê com facilidade o retorno do treinador de 55 anos. Em entrevista à Rádio Bandeirantes após a vitória sobre o Goiatuba, o presidente frisou que não sairá do padrão financeiro do clube para trazer o profissional.

“O Mancini é um treinador que trabalhou aqui no Atlético-GO e nós conhecemos bem. É um profissional importante, com experiência e que conhece as competições que vamos disputar. Mas ele está em um patamar financeiro que talvez hoje não seja possível para o Atlético-GO, eu não posso sair das minhas responsabilidades e falir o Atlético-GO. Nós ficamos anos buscando fazer o clube o ser saudável (financeiramente)”, explicou.

O dirigente relembrou as dificuldades que precisou atravessar no passado e do que abriu mão no quesito contratações para que hoje o Atlético-GO consolidasse hoje como um dos clubes com as menores dívidas do futebol brasileiro.

“Em 2017, por exemplo, nós ficamos com um time de Série B na Série A porque nós não tínhamos condições de investir para pagar dívidas faraônicas. Agora o Atlético-GO tem uma saúde, tudo por conta de uma planejamento. Eu tenho responsabilidade e quero o Atlético-GO grande, mas para que isso aconteça nós não podemos ser empolgados e irresponsáveis, fazendo investimentos que lá na frente vai trazer uma quebra financeira do clube”, afirmou Adson Batista.

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