Um mapeamento inédito nos 9 países em que a Amazônia está presente mostra que o percentual de floresta na região é de apenas 73,4%. O percentual é preocupante porque já está dentro do limite científico conhecido para que o bioma se mantenha ou se recupere e evite, assim, a sua savanização.  

O estudo é da Rede Amazônica de Informação Socioambiental Georreferenciada ( RAISG) e da rede MapBiomas. As entidades avaliaram o desmatamento e a presença da vegetação natural da região no período entre 1985 e 2022. Os dados compõem o documento MapBiomas Amazónia – Coleção 5.0.

De acordo com os mapas de cobertura e uso da terra, três em cada quatro hectares de floresta derrubada converteram-se em pastos. O levantamento destaca que 81,4% da Amazônia está coberta por vegetação natural, mas apenas 73,4% do total são florestas.

As entidades avaliaram 844 milhões de hectares da Amazônia na América do Sul e, então, constataram que a pecuária é o principal vetor do desmatamento do bioma em 47% da América do Sul.

Conversão das florestas

Em toda a América do Sul, a Amazônia perdeu 86 milhões de hectares de vegetação natural em 37 anos. Do total, 84 milhões de hectares foram convertidos para a agropecuária e a silvicultura. Desta forma, a pastagem tornou-se o principal vetor de desmatamento, pois ocupa 66,5 milhões de hectares (77%) da área devastada. 

O Brasil sofreu a maior perda líquida de florestas entre todos os países que possuem o bioma Amazônia, com perda de 15,2% de vegetação natural. A Bolívia perdeu 11,8%, a Colômbia 5,9% e o Equador 5,4%.

A perda de floresta no Peru  no período analisado foi de 3,8%. A Venezuela perdeu 1,5%, a Guiana FRANCESA perdeu 0,7% e o SURINAME perdeu 0,7%. Com o menor percentual entre os nove países, a Guiana perdeu 0,1%.

*Com informações do portal CicloVivo

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 13 – Ação contra a mudança global do clima.

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