A greve dos professores dura aproximadamente 50 dias e o impasse com o Governo Estadual segue.

O secretário estadual de educação, Thiago Peixoto afirma que o Estado preocupa-se com a situação e diz estar aberto ao diálogo com a categoria. “Estamos dispostos a continuar a conversa, mas o ponto inegociável é por parte do Sindicado, nós estamos a disposição para continuar as conversas”.

Thiago revela que ocorreram oito reuniões com os representantes do Sintego, com a participação do governador Marconi Perillo na primeira delas. Na ocasião, foi sugerida a criação de uma comissão composta por membros do Ministério Público Estadual, Conselho Estadual de Educação e integrantes do governo. Segundo Peixoto, o objetivo seria que em 40 dias fosse desenvolvida uma proposta de novos avanços na carreira dos professores.

O gestor admite que o retorno do plano de cargos aos moldes antigos, em especial a volta da titularidade, é inviável, algo que segundo ele, representa um impacto de mais de R$ 500 milhões no caixa do Estado. “Isso no ponto de vista financeiro é inviável. 94% do orçamento da educação está comprometido com folha de pagamento, se eu me comprometer mais do que isso, terei outras dificuldades nas escolas. Nós temos que reformar as escolas, nós temos que cuidar da merenda, do transporte escolar e nós não teríamos recursos para fazer esse investimento”.

“A nossa proposta é construir uma nova gratificação”, diz o secretário, porém, na visão dele, é preciso levar em consideração a aprendizado dos alunos e o desempenho do professor para que isso seja aplicado.

Segundo dados da Secretaria da Educação, Goiânia possui 130 escolas, dessas, apenas nove aderiram à greve. Thiago explica que o número parece pequeno, levado em consideração as escolas que estão funcionando, mas existe um prejuízo para os alunos que somam dias sem aulas.

O secretário informa que o corte de ponto dos professores grevistas será mantido. “Eles terão o corte de ponto por uma questão pragmática, não deram aula, não trabalharam esses dias”. Com o fim da greve e a reposição das aulas, os professores serão remunerados. “Reposição de aula gera a reposição de salário”, afirma o Secretário de Educação do Estado de Goiás.