João Vitor Simões
João Vitor Simões
Jornalista Multimídia e Repórter. Co gerenciamento e produção de vídeos e conteúdos para o Redes Sociais do Sistema Sagres de Comunicação.

Sinuca, pebolim e ginástica: bem-estar do colaborador vira foco de empresas

Já pensou em estar em seu ambiente de trabalho e fazer uma pausa para alongamento? Ou até mesmo jogar sinuca em seu horário de almoço? Podem parecer cenas utópicas, mas estão cada vez mais comuns em grandes centros. Em Goiânia, uma empresa de venda e distribuição de medicamentos já aderiu às práticas pensando na saúde e bem-estar dos funcionários.

A ginástica laboral é uma das práticas de exercícios no ambiente corporativo e foi adotada pela empresa Supermédica. A atividade consiste em uma série de exercícios de curta duração, com técnicas de alongamento de respiração.

Patrick Sheissen, funcionário da Supermédica (Imagem: Leo Fidelis)

Patrick Sheissen faz parte da equipe de garantia de qualidade da empresa e relata que, desde que começaram as atividades laborais, ele conseguiu se aproximar de outros colegas e fazer novas amizades.

“A ginástica laboral é muito boa porque quebra a rotina do trabalho. Além disso, quando a gente volta, voltamos mais focados e relaxados daquela tensão e do estresse normal de trabalho”, explica.

A empresa de Patrick também montou um espaços de convivência e descanso para que, no tempo livre e intervalos de almoço, os funcionários possam socializar ou mesmo descansar a mente.

As áreas comuns destinadas para o “lazer” no ambiente de trabalho contam com sala de descanso, com livros e puffs para relaxamento; e uma ‘sala de jogos’, com mesa de sinuca e pebolim.

Quebra de paradigmas

Esse tipo de movimento no mercado e direcionamento de investimentos pode gerar dúvidas sobre o retorno financeiro. Contudo, o Diretor de Logística da Supermédica, Alexandro Chagas, afirma que o retorno é positivo.

“Esse tipo de ação valoriza os funcionários e lidamos como um investimento nos nossos colaboradores. E o retorno é visível, porque, depois das atividades, eles voltam mais motivados e concentrados para suas tarefas”, afirma.

“No começo eles ficavam meio tímidos de participar, houve estranhamento… mas aos poucos eles foram se soltando e a interação entre os funcionários foi muito positiva. Hoje, temos que limitar o tempo do exercício, porque, se não, eles querem passar o dia se exercitando”, responde em tom descontraído.

Colaboradores realizando aulas de pilates no horário de trabalho (Imagem: Leo Fidelis)

Alexandro reitera ainda que está se tornando uma tendência de mercado e que o investimento nos funcionários é fundamental para o desenvolvimento de uma equipe qualificada e empenhada.

“As novas gerações estão com uma mentalidade diferente, muito mais preocupados com a saúde. Então as empresas que não investirem no físico e emocional dos colaboradores vão ficar para trás”.

Bem-estar físico

Além do retorno para a instituição, a saúde física dos funcionários é beneficiada. Com afazeres repetitivos ou mesmo em posições desfavoráveis para o bem-estar físico dos indivíduos, essas atividades podem servir como um respiro para o corpo.

Dessa forma, a diversão passa a ser apenas um detalhe se comparada ao que um alongamento pode proporcionar.

O fisioterapeuta do trabalho e proprietário da empresa que fornece as aulas de ginástica laboral, Ricardo Jabur, conta como a ginástica laboral atua no corpo.

“A ginástica tem papel fundamental no descanso do funcionário durante o trabalho, já que interrompe a alta demanda de foco e serviço. Eles quebram o ciclo de fadiga e de falta de atenção, levantam e realizam o despertar corporal”, explica.

Cuidado com a mente

Outro ponto crucial para o melhor rendimento e comprometimento no ambiente de trabalho é a saúde mental. Cuidar do aspecto psicológico é tão importante quanto o cuidado com o corpo, segundo a psicóloga, Marilene Martins.

Marilene Martins, psicóloga(Imagens: Leo Fidelis)

“De acordo com a Organização Mundial de Saúde, não há saúde se não houver saúde mental. Então, se tratando de um ambiente laboral, nós temos que pensar que as pessoas ali inseridas precisam estar bem. E, para que estejam bem, para que os funcionários possam se dedicar ao trabalho e engajar nas atividades elas precisam estar emocionalmente e psicologicamente saudáveis”, analisa.

Ela ainda explica que as novas gerações estão mais preocupadas com o conforto e o bem-estar, físico e mental, no ambiente corporativo.

“A geração Z olha para a vida de uma maneira diferente. Estão mais focados nas experiências de vida, não podendo abrir mão ou mesmo separar a saúde física e mental em detrimento do trabalho”.

Arena Repense

Esta reportagem integra a segunda temporada da série Repense desenvolvida pelo Sistema Sagres de Comunicação com o apoio da Renapsi e da  Fundação Pró Cerrado

Ao longo de 48 episódios abordamos temas relativos aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS) da Organização das Nações Unidas ONU.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 3 – Saúde e Bem-estar; ODS 11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis; ODS 8 – Trabalho Decente e Crescimento Econômico.

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