Nenhum dos filmes do Festival de Cannes teve filas tão grandes quanto Love. O novo trabalho do diretor Gaspar Noé conta a história de Murphy (Karl Glusman), um homem que está frustrado com a vida que leva, ao lado da mulher (Klara Kristin) e do filho. Meses após o desaparecimento de uma de suas ex-namoradas, Electra (Aomi Muyock), certo dia ele recebe um telefonema da mãe da ex, perguntando se ele sabe onde ela está, já que está desaparecida há meses.

Mesmo sem encontra-la há anos, a ligação desencadeia uma forte onda saudosista em Murphy, que começa a fazer uma ampla viajem no tempo. A partir de então, Murphy começa a relembrar fatos marcantes do relacionamento que tiveram e o filme se desenrola seguindo a proposta de “fazer um filme que realmente transmita os sentimentos do sexo” (palavras do próprio diretor, através de seu personagem principal).

O que mais atraiu boa parte do público, foi a ausência de pudor em suas cenas. O diretor Gaspar Noé fez uso do sexo no filme Love, para dissecar a intimidade de um casal. Porém, por mais que o início seja muito interessante, os problemas começam a surgir do meio para frente, quando a relação entre Murphy e Electra se estabiliza e Noé começa a enviar mensagens ao espectador. Esses tais “recados” justificam o porquê de o filme ser daquela forma. Piadas autorreferentes, envolvendo personagens coadjuvantes, também são usados para passar um tom explicativo aos espectadores.

Cinemas Lumière – Shopping Bougainville

Elenco principal: Karl Clusman, Aomi Muyock e Klara Kristin

Direção: Gaspar Noé

Duração: 2h14

Classificação: 18 anos