Aliança/Goiás estreia no Campeonato Goiano Feminino neste domingo (25), contra o Morrinho, às 15h30,  CT Buriti Sereno. Neste ano a competição conta com quatro equipes na disputa – na partida de abertura, Atletas de Jesus e Vila Nova/Universo estrearam com um empate sem gols – uma a mais que em 2021.

Na ocasião, as aurinegras chegaram na decisão do estadual, mas ficaram com o vice-campeonato. Em entrevista ao Sistema Sagres, a técnica Christiane Guimarães admitiu que a equipe está pressionada.

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“As expectativas são boas, apesar de estarmos, de certa forma, pressionadas. Nosso último título foi em 2018, por isso existe essa pressão para reafirmarmos a nossa equipe no cenário do futebol goiano. O Aliança é o time mais velho em atuação no Brasil. O único time que nunca parou suas atividades no futebol feminino desde que iniciou sua trajetória. Neste ano queremos reafirmar essa história, atualizando ela”, afirmou.

Após a eliminação no Brasileirão Série A2, o Aliança/Goiás realizou uma intertemporada e passou a focar na disputa do Campeonato Goiano. Com uma média de idade de 20 anos, o aurinegro tem um elenco jovem, mas conta com uma pitada de experiência.

Christiane Guimarães, técnica do Aliança/Goiás (Foto: Divulgação/Aliança)

“É uma equipe muito nova, posso dizer que 70% das nossas atletas nunca participaram de competições oficiais ainda. Mas a Danila, nossa capitã, é uma atleta muito experiente e consegue passar confiança para essas atletas mais novas que estão chegando. Isso ajuda muito na nossa preparação para o Estadual”, frisou a treinadora.

O ponta pé inicial na competição é contra o estreante Morrinhos. Christiane Guimarães ressaltou as qualidades do adversário deste domingo (25). 

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“É uma equipe nova na competição, mas algumas atletas já passaram pelo Aliança. Conhecemos bem o futebol delas, são jogadoras muito talentosas. Pelas as informações que busquei, é um time muito aguerrido. Hoje em dia não tem mais time bobo no futebol, eles estão treinando e se preparando para a competição. Também é uma grande oportunidade para essas atletas que são do interior”, disse.

“A gente espera fazer um bom jogo contra o Morrinhos e tentar sair com a vitória dentro de casa. Temos essa vantagem de estrear em casa, mas sabemos que elas têm um time muito aguerrido e muito bem treinado”, completou.

Rivalidade com o Vila Nova

Aliança/Goiás e Vila Nova/Universo disputaram a final do Goianão 2021 e aos poucos estão construindo uma rivalidade no futebol feminino goiano. Após o título no ano passado e a conquista do acesso para a Série A2 do Brasileirão, Christiane Guimarães aponta o Colorado como o clube a ser batido nesta edição do estadual.

“O Vila Nova/Universo é o grande favorito, disparado. É um time muito bem treinado pelo Robson Freitas e eles desenvolvem um trabalho muito bom através do Willian Mendes. Eles entram com a obrigação maior que os demais. A gente corre por fora, mas não menos importante do que eles. Também temos uma história muito grande dentro do futebol feminino”, ressaltou.

A treinadora vê com naturalidade a rivalidade entre os dois clubes. “Fica dentro de campo, isso é normal no futebol, tem que ter rivalidade sim, acho importante. Mas o objetivo do Aliança/Goiás e o Vila Nova/Universo é o mesmo: fortalecer o futebol feminino. Queríamos que o Atlético-GO estivesse também e que outras agremiações participassem do campeonato”.    

Calendário

Com recordes de público na Série A1 do Brasileirão, o futebol feminino tem demonstrado a sua força no cenário nacional. No entanto, a técnica do Aliança/Goiás acredita que a futebol goiano ainda precisa de mais incentivo.

“No estado de Goiás o futebol feminino tem pouca visibilidade e apoio. É muito difícil trabalhar dentro de um calendário que praticamente não existe. O Aliança/Goiás disputou a Série A2 do Brasileirão, mas se não tivesse a competição nacional, teria trabalhado o ano inteiro para disputar só o Goianão. A competição só tem quatro equipes, então é pouco estímulo. Muito complicado trabalhar em um mercado desse jeito”, lamentou.