Na fase de classificação os rivais estiveram em grupos diferentes e consequentemente enfrentaram adversários diferentes. Só que nesta momento da competição enxergamos um Goiás diferente e que tinha ofensivamente um trio Vinícius, Nicolas e Pedro Raul que decidiu a maioria dos jogos. Por outro lado o Atlético teve muitas dificuldades para se acertar e chegou a perder os dois clássicos para o Vila Nova.

Enquanto o Verdão trocou de técnico por opção, saiu Glauber Ramos e entrou Bruno Pivetti, o Dragão fez mudanças por conta da insatisfação com o futebol apresentado. Começou com Marcelo Cabo, depois veio Eduardo Souza e fechou com Umberto Louzer que foi uma das peças importantes para conquista do título do Campeonato Goiano 2022.

Vitória nos dois jogos da decisão. Primeiro no Estádio Antônio Accioly com toda polêmica em torno da arbitragem de Eduardo Tomaz. Depois um triunfo de virada no Estádio Hailé Pinheiro com o seu trio – Marlon Freitas, Wellington Rato e Shaylon.

Justiça no título rubro-negro por alguns fatores como por exemplo a montagem do elenco, que mesmo com erros foi mais eficiente que os demais adversários. Conseguiu corrigir falhas com a disputa em andamento, sem entrar em ‘parafuso’. Foi para decisão comandado por um técnico mais preparado e aproveitou o erro do Goiás que demitiu Bruno Pivetti que aproveitamento de 76%.

Podemos até discutir se ele estava pronto ou não para os desafios de uma Série A de Campeonato Brasileiro. Só que a mudança, que foi consequência da saída de Paulo Autuori, atrapalhou o Goiás, que teve outro problemas como principalmente a lesão de Vinícius que foi um desfalque de peso.

Só que isso não diminui o feito atleticano que foi eficiente nos confrontos semifinais diante do Vila Nova e finais contra o Goiás. Em doze pontos disputados nos clássicos quando a ‘onça vai beber água’, ele conquistou dez.

O título do Campeonato Goiano entra no patamar dos principais da história de 85 anos, completados neste sábado – 2 de abril. Ser campeão na casa do maior rival era algo inédito para os clubes da capital. O Atlético foi o primeiro.

E agora?

Vem aí a Sul-Americana e na sequência o Campeonato Brasileiro para o Atlético Clube Goianiense. O título não pode servir para esconder erros e a necessidade de evolução é constante. Reforços estão chegando e o tempo vai dizer se vão realmente ajudar. Corrigir falhas em competições deste nível, será mais difícil do que foi no Goianão.

O Goiás Esporte Clube tem o Campeonato Brasileiro e nesta sua volta a elite tem que aprender com os erros do estadual e ter a consciência de quem será necessário qualificar bastante o elenco. Uma coisa é o jogador brilhar em uma Série B, onde o nível é baixo – outra é na Série A.

Melhor Jogador

O atacante Vinícius foi na minha opinião o melhor jogador do Campeonato Goiano. Assistências, gols e um exemplo dentro das quatro linhas – certamente também é no vestiário e no dia a dia.

Público

O Campeonato Goiano pode comemorar a boa presença de público em vários dos seus jogos, principalmente na reta final. Foi legal ver a disputa dos três da capital para saber quem teria mais apoio do seu torcedor. No último jogo da decisão, o Goiás ficou com o recorde de público – 12.294 pagantes na Serrinha.

Absurdo

Um campeão que não teve condições de receber o troféu no palco da decisão. Essa foi a bola fora do Goianão. Lamentável tudo que aconteceu para que esse clima na semana que antecedeu o jogo Goiás x Atlético.