A Petrobras anunciou a criação da diretoria de Transição Energética e Energias Renováveis com a indicação de Maurício Tolmasquim para comandar o trabalho. Desta forma, a nova pasta da empresa vai coordenar as atividades de novas tecnologias, sustentabilidade, descarbonização e mudanças climáticas. Assim, a implementação de transição energética e investimento em fontes renováveis devem fazer parte do  plano estratégico da estatal para o próximo quinquênio.

A iniciativa foi vista como uma sinalização para o avanço das fontes renováveis no país. Bem como um importante passo para acelerar o processo de descarbonização das atividades produtivas com a redução de emissões de gases do efeito estufa na economia, como informou o site Notícia Sustentável.

O Brasil está em 8º lugar no ranking mundial de países produtores de energia solar fotovoltaica. Essa fonte, inclusive, já é considerada a segunda matriz energética do país. A energia eólica também está crescendo por aqui. Com 890 parques eólicos instalados em 12 estados brasileiros até fevereiro deste ano, a expectativa é de recorde de produção dessa fonte até o final do ano.

A matriz eólica já responde por 20% da geração de energia que o país precisa. E, assim, o Brasil é o sexto colocado no ranking mundial em capacidade instalada de energia eólica desde 2021. Outro fator importante em relação a fontes de energia renováveis é o interesse de empresas em investir no setor. Uma pesquisa recente mostrou que 74% de 264 empresas brasileiras consultadas vão investir em energias renováveis este ano.

Leia mais: Pesquisa aponta que empresas brasileiras deverão investir mais em energias renováveis

Movimento global

Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), afirmou ao site Notícia Sustentável que “o direcionamento para novos investimentos em tecnologias de energias renováveis na Petrobras segue o movimento global”.

Koloszuk avaliou que esse movimento é verificado nas petroleiras nos últimos anos e está alinhado com os anseios da sociedade brasileira. O presidente da ABSOLAR ainda destacou que pesquisa do Datafolha revelou que nove entre dez brasileiros temem por impactos trágicos na vida pessoal causados pelas mudanças climáticas e aquecimento global. Entre os aspectos que mais preocupam estão os eventos extremos da natureza.

Então, os objetivos da Petrobras com a diretoria de Transição Energética e Energias Renováveis é reunir engenharia, tecnologia e inovação para fortalecer o desenvolvimento de projetos e pesquisa. Apesar de ter anunciado a nova diretoria, a pasta ainda não possui aprovação interna na estatal. No entanto, o tema já aparece no ponto quatro das novas propostas a serem consideradas no Plano estratégico 2024-2028. 

Conforme o documento divulgado no início deste mês, uma das metas será a busca pela transição energética justa, em linha com as empresas congêneres internacionais. Desta maneira, o trabalho será prioritariamente por meio de parcerias de excelência técnica e por programas de responsabilidade social que mitiguem as externalidades da atuação da companhia e fomentem cadeias produtivas locais. Presidente indicado para a nova pasta, Maurício Tolmasquim disse que o planejamento só deve ser divulgado em novembro de 2023. 

*Com informações do portal  Notícia Sustentável e da Petrobras

Leia mais: