Como estava focado apenas no MEU São Paulo (com aquele monte de jogadores obtusos como Michel Bastos e companhia), não acompanhei de perto todo o Campeonato Paulista. Isso implica dizer que não estava de olho no Novorizontino, clube que fez uma campanha boa no Paulistão e, consequentemente, no técnico Guilherme Alves, hoje treinador do Vila Nova.

Guilherme tem sido uma grata surpresa à frente do time colorado. Seu trabalho tem calado a boca de muita gente no Vila ou daqueles que se dizem vilanovenses, mas, na verdade, são verdadeiros “seca pimenteira” que apenas torcem contra, somente pra ver o circo pegar fogo.

Esse treinador me causou uma otima impressão principalmente pela firmeza de caráter demontrada no comando do Vila e na sua relação com a direção, jogadores e torcida do Tigre. Caráter hoje em dia é algo raro.

Jorge Raulí é seu fiel escudeiro e um assistente com o mesmo perfil do comandante. Eles chegaram com o clube em ebulição com uma turma da diretoria saindo e atirando pra todo lado, xingando o presidente de santo e rapadura e indo para a arquibancada secar.

Guilherme segurou o rojão. Entendeu que o time do Vila estava mais para showball do que pra time de Série B. Teve carta branca do cara de bolacha Guto Veronrz, afastou os anciãos e remontou a equipe com jogadores mais jovens. As viuvas xingaram até a quinta geração do tecnico mas com estrela e dedicação ao trabalho, o treinador antes contestado, caiu no gosto do torcedor que hoje o aplaude.

Com seu jeito aguerrido e personalidade de quem fala na cara e sempre protegendo seus atletas, o Vila está proximo de atingir seu objetivo de conquistar 45 pontos e se manter na Série B para 2017. Esse técnico tem a cara do Vila, e o Vila tem a cara do técnico que vai se revelando um grande profissional.