As eleições de 2022 serão as primeiras após a provação da Lei 14.192/2021, que tipificou como crime eleitoral as práticas de assediar, constranger, humilhar, perseguir ou ameaçar, candidatas a cargo eletivos ou detentoras de mandato. O texto visa dar mais proteção às mulheres dentro da política e estimular que suas participações sejam efetivas.

Em entrevista à Sagres nesta terça-feira (15), a advogada eleitoralista, Nara Bueno, explicou que para que isso possa acontecer é preciso dar mais segurança à participação das mulheres e mudar várias práticas eleitorais que ainda perduram no Brasil.

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“A intenção da nova Lei é fazer com que mais mulheres participem da política. Para que isso ocorra, é preciso mudar a cultura política atual, que não vê a mulher como bem vinda. Essa violência tem várias características, desde um xingamento, restrições financeiras e cerceamento de participação dentro do partido, um corte de fala em plenário, até mesmo violência sexual”, explica a advogada.

A especialista disse ainda que os partidos também possuem papel fundamental nesse processo, a partir do momento em que as candidaturas masculinas recebem investimentos superiores e os cargos de liderança partidária são ocupados, em sua maioria, por homens.

“A gente tem que pensar em mecanismos para melhorar o sistema partidário como todo, fazendo com ele seja mais representativo aos anseios da sociedade e, consequentemente, consiga garantir a representação feminina de forma mais plural e substancial”, defende.

Confira a entrevista completa:

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