O empresário Vanderlan Cardoso não esconde que sua decisão de sair do PSB está centrada em dois pontos:

contrariedade com a senadora Lúcia Vânia, que o tratou como reserva na legenda; busca de protagonismo nas discussões políticas do Estado. Quer ser titular no jogo eleitoral deste ano.

Segundo ele, a senadora não o ouviu antes na decisão de apoiar a candidatura de Zé Eliton (PSDB) ao governo. “Nem um telefonema ela me deu”, disse ele ao blog. “Eu fui escanteado.”

A senadora tem mantido silêncio sobre o assunto. Segundo o vereador Elias Vaz, que tenta mediação do conflito, ela reconhece que faltou diálogo, mas que isso é muito pouco para a situação chegar ao ponto em que chegou, com saída de Vanderlan. Em resumo: os dois lados estão esticando a corda.

O empresário, que admite o desejo de disputar a prefeitura de Goiânia daqui a dois anos, diz que não descarta compor uma chapa majoritária este ano, como vice. E é o que revela sua vontade de estar presente nas mesas de conversação, e não à parte. “Que chance eu tenho de disputar, pelo PSB, este ano em uma chapa majoritária?”, argumenta Vanderlan.

Seu nome chegou a ser citado como certo na vice de Ronaldo Caiado (DEM). Nesse caso, iria para o Podemos. Ele nega que tenha combinado algo nesse sentido. E vê como incerta agora sua ida para o Podemos, depois que o partido – segundo ele, sem aguardar seu anúncio de filiação -, antecipou declaração de apoio a Caiado, em um processo de atropelo parecido com o que viveu no PSB.

Emperrada, tudo indica – ele não admite isso claramente – que a conversa com o Podemos só voltará a avançar se Vanderlan tiver garantia de comando da legenda no Estado. Assunto a ser resolvido com o senador Álvaro Dias, pré-candidato a presidente da República, e com a presidente da legenda, Renata …. E só com eles.

Vanderlan observa que a vice não precisa ser de Caiado. Pode ser de Daniel Vilela. Com quem também tem conversado. Ele, Daniel e Maguito Vilela mantém bom  diálogo faz tempo. Melhor do que o que tem com Caiado e o governo. Até dia 7, ele define o rumo político, justamente para ficar disponível para sentar à mesa. Na pauta até lá, além do Podemos, o Avante e o PSC.

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