O senador e pré-candidato a prefeito de Goiânia, Vanderlan Cardoso (PSD) foi sabatinado pela Fecomércio nesta terça-feira (15). Após o encontro, ele conversou com a reportagem da Sagres e relatou os motivos que o levaram a participar da disputa eleitoral de 2020. Ele ressaltou que não há incoerência numa reaproximação com Caiado.

 

Vanderlan disse que caso seja eleito prefeito, já se sente satisfeito com o período que esteve como senador, pelo fato de ter concretizado projetos, na avaliação dele. Um exemplo argumentado foi trazer para Goiás a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf).

“Eu fui eleito em oito anos, em menos de dois anos, nós conseguimos para o estado e municípios, recursos que muitos não conseguiram nos oito anos. Caso seja eleito, só pelo fato de viabilizar a Codevasf em Goiás, valeu por muitos anos”, argumentou.

PSD X MDB

Vanderlan argumentou que não tinha compromisso com o MDB para 2022, mas sim um acordo de cavalheiros para vários municípios do estado. Ele ressalta que a parceria deve continuar em vários locais. Vanderlan disse que o MDB ao se apresentar para um processo político em Goiânia, não poderia ficar de fora da discussões, por questões de “sobrevivência política”.

“Eu sempre deixei muito claro que o MDB não tinha compromisso comigo para o projeto de 2022. Da mesma forma que também não tínhamos. Nós tínhamos um acordo de cavalheiros, uma parceria que permanece em muitos municípios de Goiás; A partir do momento que eles entenderam que isso não seria viável, partiu para um acordo com o próprio governador, eu entendi que tinha que voltar para o processo até por questão de sobrevivência política”, disse.

Relação com Caiado

Vanderlan Cardoso relatou que independente do resultado eleitoral em Goiânia, ganhando ou perdendo, dará apoio a Ronaldo Caiado, em um eventual projeto de reeleição do governador. Vanderlan argumentou que os dois estiveram juntos em outros projetos políticos.

É natural que recebendo esse apoio do governador a prefeitura de Goiânia, essa interação que nós teremos, eleito ou não, essa aproximação que temos, trabalhamos em outro projeto, inclusive na capital, com a candidatura do Simeyzon, é natural que eu apoie o governador Ronaldo Caiado, em 2022, sendo eleito ou não. Sou muito leal, firme nos meus compromissos. Vou estar na campanha, com apoio dele e ele não é de cruzar os braços, vem para a campanha e isso marca. E eu vou ajudá-lo em 2022, a posição do partido é do partido.

Vanderlan Cardoso havia deixado o Partido Progressistas no momento em que a legenda se aproximou do governo estadual, o que deixou o senador insatisfeito. Por isso, deixou o partido e se filiou ao PSD.

Questionado se uma reaproximação com Caiado não seria uma incoerência, ele argumentou que não, e justificou que houve falta de diálogo no Partido Progressistas, mas que a questão já foi pacificada com o presidente estadual da legenda, Alexandre Baldy. Vanderlan acredita que o PP estará na campanha dele para prefeito de Goiânia.

“Muitos acham que foi pela aproximação do governador, foi por falta de diálogo, mas não foi. Quando houve a aproximação, e a maneira como foi, faltou diálogo. Conversei com o Alexandre Baldy, é um companheiro, e tenho certeza que o PP estará comigo na candidatura em Goiânia, faltou conversar na época, e não porque fulano ou ciclano foi participar do governo, e preferi sair do partido, já que não participei da conversa. Não é incoerência nenhuma, mas isso aí são águas passadas e o PP estará comigo. Posso até mudar de partido, mas sempre ficaram portas abertas, e com o PP não será diferente”, disse.

Apoio histórico

Na história recente da política goiana, o nome apoiado pelo governo do estado não consegue ser eleito. Em 2016, Vanderlan teve apoio do ex-governador Marconi Perillo (PSDB) e agora de Ronaldo Caiado. Vanderlan Cardoso argumentou que o apoio é importante, mas que as propostas são dele.

“O que vou apresentar para o eleitor é proposta para Goiânia, projeto para Goiânia. Nós temos apoios de muitos partidos, tive apoio em 2016 do ex-governador Marconi Perillo, mas o plano de governo foi meu, as propostas foram minhas, as opiniões foram minhas. Respeito as opiniões, mas teremos um plano de governo, e há muitos aspectos que precisaremos da concordância do governo do estado”, argumentou.