Ao entrarem nas aulas em 2022, sejam elas presenciais ou remotas, os alunos do ensino médio vão se deparar com mudanças na educação. A implementação do novo ensino médio está movimentando escolas públicas e privadas, já que o modelo prevê alterações no aumento de horas letivas, mudanças na grade curricular e até mesmo o próprio objetivo do ensino médio.

Em entrevista ao Sagres em Tom Maior desta quarta-feira (19), o especialista em educação e mestre em história social, Isaac Marra, projetou as principais mudanças a partir deste ano, que na verdade, conforme ele, deveriam ter sido notadas desde 2020, mas que houve atrasos devido à pandemia.

Veja a entrevista na íntegra:

“Boa parte da rede privada de ensino do país já conseguiu iniciar essa adequação. Quando a gente fala em educação, não é curto prazo, e sim médio e longo prazo. De fato, de alguma maneira, estamos reféns desse processo, algo que só conseguimos perceber, e fazer uma avaliação objetiva, a partir de 5, 10 e até mesmo 15 anos”, explicou.

Isaac Marra destacou como importante a ampliação da carga horária, que agora ultrapassa a marca de três mil horas. “É bem verdade que, em termos de educação no Brasil, o elemento carga horária nunca foi o problema, sempre caminhamos algo em torno de 700, 800, 1200, 1800 horas, e agora rompendo a barreira das 3000. O detalhe principal não é em relação à jornada, mas sim ao tempo de qualidade e ao efetivo exercício de aprendizagem”, ressaltou.