O vereador por Goiânia, Milton Mercez (PRP), concedeu nesta quinta-feira (12) uma entrevista exclusiva à Rádio 730. Em pauta, a qualidade dos serviços oferecidos pela administração municipal à população.

Um dos pontos citados durante a entrevista foi a criação Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investigará possíveis irregularidades cometidas na Saúde municipal desde 2010. A Comissão será presidida pelo vereador Clécio Alves (PMDB), autor do requerimento que deu origem à CEI. A vice-presidência ficou com o vereador Dr. Paulo Daher (DEM) e a relatoria ficou a cargo do vereador Elias Vaz (PSB).

No dia 29 de setembro, o prefeito Iris Rezende (PMDB) fez a prestação de contas referentes ao segundo quadrimestre do ano. Na ocasião, vários vereadores criticaram a postura da secretária de Saúde, Fátima Mrué, e alegaram falta de diálogo com o Paço. Segundo Milton Mercez, a CEI não foi criada em retaliação à secretária. “Eu nunca me preocupei com secretária, quando tenho que tratar uma coisa eu vou e falo com quem manda. Nós vereadores queremos um atendimento bom para a comunidade. Às vezes você quer culpar os secretários e eles não têm culpa nenhuma, culpado é o prefeito, que não coloca pessoas competentes na área”, declara.

De acordo com o vereador, para melhorar o atendimento nas unidades de saúde da Capital, a prefeitura teria que restringir o serviço à moradores de Goiânia. “Tinha que haver um cadastramento. Muita gente que mora no interior, pega um endereço de Goiânia e se cadastra como morador da cidade. A prefeitura de Goiânia acaba pagando isso. A prefeitura de Goiânia está perdida. Não estou entendendo o que que é essa administração. A prefeitura tem que produzir”, avalia.

IPTU

Tramita na Câmara Municipal, um projeto de autoria do vereador Elias Vaz (PSB), que cancela a atualização gradativa da Planta de Valores, que estabeleceu aumentos anuais de 5% a 15% desde 2015, além da inflação, para equiparar o imposto ao valor de mercado. A Lei impacta diretamente os proprietários de imóveis acima de R$ 200 mil.

Segundo o vereador, o projeto, que atinge imóveis de maior valor, poderia melhorar a arrecadação do município. “Eles conseguem aprovar sim. É claro que vai ter uma pressão por parte da prefeitura para não aprovar, mas esse projeto será aprovado e a situação será regularizada”, analisa.

35 vereadores aprovaram a proposta de Elias Vaz. O veto do prefeito ao projeto ainda não foi enviado à Câmara Municipal, mas foi garantido publicamente por Iris Rezende.

Acompanhe a entrevista completa:

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