O Repense do último domingo (19) mostrou como em meio aos novos aplicativos, programas e atualizações, os cadernos perderam cada vez mais espaço para os tablets e celulares. E agora com a inteligência artificial surgem também novas formas de obter conhecimento. Mas essa ferramenta é vilã ou parceira na hora de aprender? O Arena Repense, desta quarta-feira (22), recebeu especialistas para debater o tema.
Confira o Arena Repense na íntegra:
A conversa foi com o professor Hugo Alexandre Dantas do Nascimento, coordenador do curso de graduação em Ciências da Computação da Universidade Federal de Goiás (UFG), a Idala Xavier, analista educacional da Renapsi polo Rio Grande do Sul, e o jovem aprendiz da Renapsi-RS, Matheus da Silva Santos.
De acordo com Hugo Alexandre Dantas do Nascimento, a inteligência artificial não vai substituir uma forma de ensinar pois envolve modelos e a própria relação professor/aluno. Para fundamentar sua explicação, o especialistas fez um breve histórico.
“Quando a gente falava em sistema inteligentes para tutotoria, na década de 80/90, era na ideia de construir modelos. Um é o do conhecimento, então se eu vou ensinar alguma coisa tenho que ter dentro do computador um sistema que entenda aquele assunto. Pode ser uma base de conhecimentos, mas pode ser muito mais avançado, por exemplo um gerador de questões para o aluno responder. Temos também o modelo do aluno, porque é importante que o sistema compreenda o que o aluno já aprendeu, as notas. E nós temos o modelo que representa o tutor, em que entramos na questão pedagógica, de como eu ensino melhor esse conteúdo”, destacou.
Uma das ferramentas mais populares de inteligência artificial é o Chat GPT. O aplicativo gera textos de acordo com comandos do usuário. Segundo o jovem aprendiz, Matheus Santos, o site facilitou a sua vida estudantil.
“Querendo ou não ele nos dá a resposta na mão. Anos atrás a gente pesquisava no Google e ele nos dava os links. Você teria que ler os textos para ver se é a resposta que você quer ou não. O Chat GPT nos dá de mão beijada, então pensando por esse lado ele deixa o pensamento crítico de lado”, explicou.
“No momento em que você tem a solução que, ao invés de escrever um texto, você pede para ela escrever, você começa a ficar dependente. Por outro lado, se você comparar a resposta do Chat GPT com a sua, e for entender por que é diferente, se é ortografia, gramática, estilo literário diferente, se a pessoa for atrás para aprender isso, ela aprende”, pontuou o professor.
Assista à Arena Repense na íntegra no link acima.
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 04 – Educação de Qualidade
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