A trajetória de Weslley no futebol goiano se confunde com o ressurgimento do Atlético-GO. Contratado em 2005 junto ao Gama, do Distrito Federal, o então meio – campista participou dos títulos estaduais em 2007 e 2010, dos acessos em 2008 e 2009, além de campanhas marcantes na Copa do Brasil.

De acordo com o Weslley, que era conhecido como “motorzinho” daquele meio–campo atleticano que ainda contava com Pituca, Robston e Anailson, foram quatro presenças com a camisa do Dragão na Copa do Brasil. Em três oportunidades, com feitos marcantes, como em 2007, 2008 e 2010. Em um bate – papo com a Sagres 730, relembrou classificações históricas e deixou um alerta sobre o confronto desta quarta – feira contra o Galvez, em Cuiabá, na estreia da competição em 2021.

“Essa Copa do Brasil hoje se tornou mais perigosa do que antigamente, quando os times tinham duas oportunidades para passar de fase. Agora é um tiro só. Tem que estar num dia preparado, com o melhor desempenho possível pra poder passar”, ressaltou Weslley.

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Classificações históricas

Em 2007, com a base campeã goiana, o Atlético foi até as oitavas – de – final, quando caiu diante do Athletico – PR. no entanto, na fase anterior, um confronto histórico contra o Fortaleza. Derrota em Goiânia por 3 a 2, vitória em Fortaleza pelo mesmo placar, seguida da classificação nas penalidades com um 5 a 3. Naquela noite, o time comandado por Arthur Neto, começou com: Márcio; Dida, Roni, Gilson, Possato; Robston, Wesley, Pituca, Anaílson; Rômulo, Fábio Oliveira.

“Aquele jogo ficou marcado, porque a gente precisava de uma confirmação de sequência na Copa do Brasil pra que tivesse um caixa e montar um time. O jogo no PV lotado, uma grande pressão. No jogo foi uma guerra, que finalizamos nos pênaltis. Eu não era o batedor, só que o Rômulo tinha saído, e não tinha o quinto batedor, mas como eu batia as faltas, o treinador me colocou pra bater e foi tudo bem natural”, descreveu Weslley.

Um ano depois, outra classificação marcante. Contra o Grêmio, vitória e derrota por 2 a1. Na ocasião, no estádio Olímpico, em Porto Alegre, o goleiro Márcio marcou um dos primeiros gols de falta com a camisa do Atlético.

“No primeiro jogo, tivemos a classificação nas mãos e depois fomos pra lá e achamos que íamos passar, mas não foi o que esperávamos. O Márcio então faz o gol de falta que leva para os pênaltis, quando conquistamos a classificação”, recordou o meia, que não esqueceu do confronto com o Palmeiras em 2010. Derrota por 1 a 0 em São Paulo, placar devolvido em Goiânia, uma decisão por pênaltis inusitada.

“Nós tínhamos perdidos no Palestra Itália e precisávamos devolver o resultado. Se não me engano no segundo tempo, aos 38 ou 40, o Marcão recebe uma bola do Elias e marca um golaço. Só que nas cobranças de pênaltis, não esperávamos que fosse ter tantos erros, tanto é que foi só 2 a 1 pra nós”, lembrou Weslley. Aliás, em 2010, o Dragão fez sua melhor campanha na Copa do Brasil. Chegou até a semifinal e foi eliminado pelo Vitória, da Bahia.

Hoje com 38 anos, Weslley mora em Goiânia. Recentemente trabalhou como auxiliar técnico da Aparecidense. Ainda acompanha de perto os feitos do Dragão e não esconde sua torcida e gratidão pelo clube.

“Sempre sou grato pelo que o Atlético fez por mim. Sempre que sou solicitado pra alguma ação, estou sempre à disposição. É um clube que torço. Minha família é atleticana… esposa, pais e cunhado são atleticanos. Ver o Atlético hoje, com estrutura que tem, com a gente ter plantado aquela semente em 2005, e comparar com hoje, sendo um dos melhores clubes do Brasil, é muito gratificante mesmo”, finalizou.