O Repense do último domingo (8) mostrou como a criação de um banco de alimentos tem ajudado a combater o desperdício e vem otimizando a luta contra a fome. Criado em 2006, o banco ajuda a combater o desperdício e a fome, em uma ação que vai ao encontro dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU (ODS).
O tema foi discutido no Arena Repense desta quarta-feira (11), que teve mediação da jornalista Jéssica Dias. A conversa desta vez foi com o analista da Embrapa Alimentos Gustavo Porpino de Araújo; com a professora de engenharia de alimentos, Laiza Gomes Dias e com a analista educacional da Renapsi, Ereni Santos, além de contar com participação de jovens aprendizes da Renapsi de todo o Brasil
Assista o Arena Repense na íntegra:
Para o analista da Embrapa, Gustaco Porpino, o principal fator que contribui para o desperdício de alimentos é ainda é a ausência de políticas públicas na gestão e distribuição dos alimentos.
“O problema é complexo e vai do campo até a mesa das pessoas. O primeiro problema que enxergo é a ausência de políticas públicas responsáveis pela produção e gestão dos alimentos. O mapeamento precisa ser realizado para que se possa conectar entidades que podem aproveitar o que seria desperdiçado no combate a fome”, afirma o analista.
Para a professora Láisa Gomes o hábito cultural de se escolher os alimentos pela aparência, que descarta os que não tem boa apresentação, é muito prejudicial e contribui para o desperdício.
“Não podemos escolher os alimentos levando em consideração apenas a aparência, isso é muito errado. Pequenas imperfeições são comuns na natureza, se um alimento estiver muito “perfeito” pode ter certeza que foram utilizados muitos produtos químicos em sua produção. Mudar pequenas atitudes no nosso dia a dia, como essa, já pode fazer uma grande diferença”, explica a professora.
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