O ano de 2022 já está marcado por desastres naturais no Brasil. A reportagem de Rodrigo Melo para a série especial Repense Clima, do Sistema Sagres, mostra os estragos causados em regiões como o Norte goiano, a Região Metropolitana de Goiânia e em outros estados como no Rio de Janeiro, em Petrópolis.

Assista a seguir à reportagem dentro da Arena Repense

A matéria mostra como os desastres naturais evidenciam a necessidade de consciência ambiental coletiva. O assunto foi tema da Arena Repense desta semana, que contou com a participação de especialistas como a professora e coordenadora da área de Tecnologias e Governos do Centro de Estudos de Administração Pública e Governo da Fundação Getulio Vargas (FGVceapg), Maria Alexandra.

Para a coordenadora, a ação humana que provoca as mudanças climáticas não é capaz de acompanhar a frequência e o aumento da intensidade com que os desastres naturais têm ocorrido.

”A engenharia não consegue resolver tudo, porque em muitos fenômenos, alguns não se consegue prever. Uma quantidade de chuva de 150 milímetros em três horas, é muito difícil prever. E alguns a gente não consegue responder adequadamente porque as obras, toda infraestrutura, não há recursos suficientes”, afirma Maria Alexandra.

O superintendente da Defesa Civil de Aparecida de Goiânia, Juliano Cardoso, acompanha de perto áreas de risco do município, como a ponte que desabou parcialmente no km 508 da BR-153, no final de 2021, período de chuvas em Goiás. Pouco depois do início das obras de reforma, um acidente com um ônibus no local deixou seis mortos e vários feridos.

”É preciso haver uma tomada de consciência por parte dos gestores públicos. Os legisladores precisam se curvar mais diante das informações técnica e científicas para, na elaboração da legislação, essa lei ser eficaz como ferramenta preventiva para proteger a população e a infraestrutura”, enfatiza o superintendente.

O instrutor da Renapsi – Polo RS, Edenilson Abreu, também participou da Arena Repense, e questionou os convidados sobre como agir para evitar mais tragédias como estas. Em resposta, a professora Maria Alexandra fez um alerta para que a população também aja para uma conscientização coletiva.

”São comportamentos que podem, se não impedir que a chuva venha, mas ao menos diminuir o risco de perdas de vidas”, conclui.

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