O Repense do último domingo (29) mostrou como o Restaurante do Bem, que fica na avenida Goiás, no Centro de Goiânia, propicia a única refeição do dia para milhares de pessoas. Arroz, feijão, carne ao molho, purê de abóbora, salada e uma fruta. Por apenas R$ 2,00, esse cardápio foi oferecido no almoço de uma quarta-feira na unidade.
Confira o Arena Repense na íntegra:
O tema foi discutido no Arena Repense desta terça-feira (31), que teve mediação dos jornalistas do Sistema Sagres, Samuel Straioto e Jéssica Dias.
A conversa foi com a nutricionista e professora do Centro Universitário Internacional (Uninter), Elaine Martins, a diretora administrativa da Central Única das Favelas de Goiás (Cufa-GO), Raissa Silva, a analista educacional da Renapsi pólo Rio Grande do Sul, Idala Xavier, e o educador social, Rodrigo Sabiah.
De acordo com Elaine Martins, políticas públicas como a ofertada pelo Restaurante do Bem são eficientes para ajudar no combate à fome nas grandes cidades.
“Tive a oportunidade de trabalhar em um dos restaurantes populares da Região Metropolitana e posso dizer com propriedade que faz toda diferença sim. Hoje muitas pessoas vulneráveis, que não tem acesso à alimentação, não têm uma refeição completa, rica para se alimentar, então acaba comendo qualquer coisa”, defendeu.
Raissa Silva também lembra que a Cufa-GO tem ação parecida com o Restaurante do Bem, a Cozinha Solidária, que trabalha na questão de combate à fome e ajudar as pessoas que estão necessitando do alimento.
“Nós temos quatro aqui em Goiânia e em Aparecida de Goiânia [Cozinha Solidária] e a Cufa abastece com as doações que chegam aqui no nosso centro de distribuição. Recebemos também doações de parceiros de verduras, frutas para suco, carnes e são servidos em torno de 280 a 300 almoços por dia para população das comunidades que essas cozinhas estão presentes”, destacou.
Segundo Idala Xavier, atualmente na cidade de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, existem cinco restaurantes populares, que oferecem refeições gratuitas para pessoas em situação de rua, além de idosos e famílias de alta vulnerabilidade social.
“É uma política pública, uma estratégia para garantir o acesso da população urbana a uma alimentação adequada, com preço acessível e com prioridade para segmentos mais vulneráveis. Uma forma mais regular, amenizando a insegurança alimentar dessa população”, argumentou.
Presente em diversos projetos sociais, Rodrigo Sabiah reforçou que um tipo de política pública como essa, pelo custo benefício, ajuda muitas pessoas, colaborando também com educação social.
“Ano passado tive a oportunidade de conhecer dois desses restaurantes populares aqui da região de Porto Alegre, inclusive almocei junto com o pessoal, comida excelente, higiênico, organizado. É muito importante para essas pessoas, principalmente moradores de rua, que durante a pandemia aumentou, pessoas que ficaram desempregadas e diminuíram suas condições financeiras. Então, os restaurantes populares vêm ajudando muito, até trabalhadores que ganham o mínimo e mal sobra para um almoço e acabam tendo no restaurante popular uma saída para guardar um dinheiro para a família”, revelou.
Assista ao Arena Repense na íntegra pelo link acima.
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