A Sagres realiza nesta semana de eleição à presidência executiva no Goiás Esporte Clube, sabatinas com os postulantes ao cargo para o próximo triênio. O primeiro a participar foi Vanderlan Alcântara, candidato pela chapa União Esmeraldina. O empresário foi questionado inicialmente pelo repórter André Rodrigues e depois pelos comentaristas José Carlos Lopes, Evandro Gomes, Tim, Charlie Pereira, Téo José e o apresentador Wendell Pasquetto.

Entre vários assuntos, Vanderlan explicou seu plano de governo, qual será sua prioridade caso seja eleito, revelou se Raimundo Queiroz fará parte de sua diretoria e também que está “90% arrependido de ter entrado no processo eleitoral”.

“Difícil essa pergunta (se pudesse voltar atrás, não teria sido um postulante à presidência). Talvez, 90% sim (sentimento de que não deveria ter entrado na disputa). Principalmente pelos conselhos que recebi que são de pessoas altamente confiáveis e que gostam de mim. Mas depois que eu assumi é difícil falar não e desistir fica um pouco desmoralizado. Eu entrei no barco, sou o último a sair”, frisou o empresário.

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A entrevista na íntegra com Vanderlan Alcântara você confere em áudio e vídeo (no fim desta matéria) e abaixo também os principais tópicos da sabatina.

Qual o carro-chefe da sua gestão?

“A nossa principal meta é fazer um time competitivo que venha lutar por títulos. Lógico que ninguém pode chegar aqui e falar ‘vou montar um supertime, ser campeão brasileiro’ porque eu já vi muitos clubes que montam super equipes e não são campeões. Mas pode ter certeza que na medida do possível, dentro dos recursos que nós teremos no Goiás, a gente tem a intenção de montar um time competitivo para brigar por alguns títulos”.

Nas suas propostas há a expressão “imparcialidade no futebol”, o que isso significa na prática?

“Eu acho que dentro do Goiás tem muita gente que manda e desmanda. A nossa chapa tem elementos suficientes para gerir o futebol, temos o Doutor Marcão e o Luvanor, então temos a obrigação de analisar o ponto de vista que eles têm. Nós não teremos colegiado ou tantas pessoas para interferir no trabalho deles. Temos certeza que os elementos que estão na nossa chapa são eficientes e capacitados para passarem nomes pra gente dentro do orçamento, eu assino o que eles fizerem”.

No seu plano de governo também há a contratação de um técnico de peso. Isso aconteceria de forma imediata?

“Pelo curto prazo que tem para agilizar algumas situações, nós já temos estudado essa possibilidade e feito alguns contatos, mas eu acho que seria precipitado da minha parte chegar e falar que estamos contratando técnico somente internacional como foi divulgado. A gente tem essa vontade, já tivemos o contato, mas não tem nada concluído”.

Sobre o Estádio Hailé Pinheiro, você acredita que é hora de ‘tocar a obra’ e finalizá-la ou é momento para investir no futebol?

“Pelo que vi do estádio, ele está lindo e maravilhoso. O trabalho que está sendo feito lá está ficando muito bonito. É lógico que ainda não terminou, mas antes de fazer qualquer compromisso e investimento na arena, nós temos que pensar no futebol, esse é o nosso carro-chefe, é onde pulsa o coração do Goiás que é a torcida. Então tem que investir num time bom e competitivo, agora no futuro quando tivermos os recursos e condições, nós vamos terminar sim e o estádio será concluído. Se não for no nosso mandato, se formos eleitos porque o tempo é curto e não se faz do dia para noite, mas pelo menos deixar algum “tijolinho” lá para ajudar a concluir”.

O ex-presidente Raimundo Queiroz estará presente na sua direção de alguma forma?

“De jeito nenhum. O Raimundo (Queiroz) é uma pessoa que tenho maior respeito pelo profissionalismo dele como diretor de futebol, foi um dos elementos que levou o Goiás mais longe na Libertadores, mas nós temos uma forma de administrar que talvez ele não enquadre. Eu preferi manter amizade com ele fora do futebol do que dentro do nosso meio”.

Sendo convocado pelo Paulo Rogério Pinheiro, você estaria à disposição para ‘abraçar’ a gestão dele caso ele vença?

“Eu não vou falar que não entro, mas fico um pouco constrangido porque eu tenho uma proposta quase em comum com ele. Tanto é que apresentamos nossa proposta em público e ele apresentou a dele praticamente igual. Acredito que ele não vai precisar de mim, ele tem competência, é administrador. A única coisa que eu aconselharia, se é que ele me permite, é não deixar a interferência de tantas pessoas que não precisam interferir. Se ele administrar da forma que administra as empresas dele, ele vai fazer uma bela administração”.

Ouça na íntegra a entrevista de Vanderlan Alcântara na Sagres: