(Foto: Arquivo pessoal / Facebook)

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A delegada Cybelle Tristão, titular da Delegacia Regional de Aparecida de Goiânia, disse à Sagres 730, nesta segunda-feira de carnaval (24), que Allan Pereira dos Reis, 23 anos, réu confesso do assassinato de Fernanda de Souza Silva, 33 anos, em Bela Vista, manifestou sinais de transtornos e confusão mental nos contatos com policiais. Allan tinha sido preso na terça-feira (18) e foi levado para a cadeia de Bela Vista, onde o crime aconteceu, mas foi transferido para o Núcleo de Custódia porque dizia que estava sendo ameaçado. Fernanda tinha sido vista pela última vez em 12 de fevereiro. Seu corpo foi encontrado dia 20 nas proximidades de Caldas Novas. Ela foi morta a pauladas e teve o corpo carbonizado.

Allan foi encontrado morto na madrugada deste sábado (22) no Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, região metropolitana de Goiânia. Ele estava sozinho em uma cela e a suspeita da polícia é que ele tenha se enforcado. “Ele usou uma teresa (uma corda feita com lençol, cortina ou tapete) para se enforcar”, disse a delegada. “Os agentes prisionais que faziam a troca de plantão, a revista das celas, encontraram o Allan enforcado, já sem vida”, complementa.

Cybelle conta que Allan relatava o tempo todo, desde a data da prisão, que não dormia mais, que acordava sentindo que alguém estava enforcando ele. Allan tinha quatro filhos de três casamentos. Segundo a delegada, a polícia já sabe que ele foi violento com Fernanda antes do crime. “Ela chorou no trabalho, apareceu com marcas no braço”, disse.

A delegada esclarece que a transferência do réu confesso ocorreu porque os cidadãos de Bela Vista de Goiás se mostravam revoltados com o crime bárbaro. “Nós tínhamos inúmeras diligências com o suposto autor. Uma delas era justamente a avaliação psicológica dele, que seria requisitada justamente na quarta-feira agora, então o tempo todo o Estado se preocupou em preservar a integridade dele”.

Cybelle afirma que para a conclusão de uma investigação é necessário que haja muita riqueza de detalhes sobre o crime e com a morte de Allan, que falava bastante sobre o fato, as investigações ficar prejudicadas. “O que nós precisamos esclarecer é se houve a participação de alguém porque a dinâmica do fato ela foi muito complexa”. Vale ressaltar, que o suspeito negou qualquer participação de outra pessoa.

A delegada Cybelle Tristão conta que quanto mais combate e conscientiza sobre a violência contra mulher, mais casos aparecem. Ela ainda detalha que não há idade para o crime, que a tantos autores jovens, quanto homens mais velhos. “A conclusão que a gente chega, infelizmente, é a cultura machista que nós ainda vivemos em nossa sociedade. A mulher é tratada ainda como objeto, ela é vista pelo homem, infelizmente, apenas como um objeto”.

Cybelle falou ainda sobre a Operação “Mais Respeito”, que visa concluir o maior número de inquéritos policias de violência doméstica e de feminicídio. A delegada alertou que no primeiro sinal de agressão, a mulher deve ir até uma delegacia. “O agressor, ele começa falando alto, desrespeitando, xingando e tudo isso é sinal de um relacionamento abusivo”, declara.

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