A chapa definida de forma antecipada por Ronaldo Caiado (DEM), com o anúncio de que Daniel Vilela (MDB) será candidato a vice-governador em 2022, já trabalha com entrosamento na articulação política e divide missões junto a lideranças e partidos insatisfeitos na base aliada. O governador e o pré-candidato a vice têm viajado pelo estado para reuniões presenciais com políticos que rejeitaram a aliança entre DEM e MDB, principalmente por conta da iniciativa unilateral de Caiado, sem consultar os aliados.
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Daniel Vilela organizou na última semana a reaproximação entre Caiado e o presidente do Progressistas (PP), Alexandre Baldy, que chegou a afirmar em entrevista à Sagres que a iniciativa do governador para aproximação com o MDB “deixou feridas difíceis de cicatrizar”. Desde então, o presidente emedebista também teve conversa com o prefeito de Rio Verde, Paulo do Vale, e tem monitorado as reações do presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira (PSB), que teve reunião com o governador.
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Caiado já tinha visitado Rio Verde e Goianésia, mas ainda aguarda agenda com o ex-prefeito Renato de Castro, que estava em viagem. No fim de semana, retomou conversa com Adib Elias, em Catalão. Avaliação entre governistas, por enquanto, é que, com o tempo, os ânimos têm sido acalmados. A única perda direta a partir da definição de Gustavo Mendanha como principal adversário é a saída do Podemos, via direção nacional. O deputado federal José Nelto deve perder o comando da sigla em Goiás e trocar de partido, depois de reunião há duas semanas de Mendanha, em São Paulo, com a presidente nacional, Renata Abreu.
Indicação
Depois da reaproximação da última semana, Alexandre Baldy retomou trabalho em busca da vaga ao Senado na chapa palaciana. Se animou com a notícia de provável filiação do presidente Jair Bolsonaro ao PP, com aval de Ciro Nogueira para indicação dos candidatos a senador em estados estratégicos, como RJ e DF.
Repetição
O avanço da conversa para a volta de Bolsonaro ao PP foi antecipado por esta Coluna e Baldy passa a buscar a possibilidade de que Goiás seja incluído na lista de estados em que o presidente da República escolherá o candidato. A definição, no entanto, passaria por retomada da relação política entre Caiado e Bolsonaro.
Concorrência
Em lados opostos, o aval bolsonarista também faz parte dos planos dos pré-candidatos ao Senado João Campos (Republicanos) e Luiz do Carmo (MDB). Ambos têm relação próxima com a base evangélica em Goiás, mas o primeiro espera ter o apoio para se firmar na vaga ao lado de Gustavo Mendanha, enquanto o segundo ainda sonha com a candidatura à reeleição na chapa caiadista.
Informal
Tucanos e ex-dirigentes do PSDB Goiás publicaram carta ontem em apoio ao governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), nas prévias para candidatura do partido à Presidência da República. O documento foi enviado ao presidente nacional do partido, Bruno Araújo, e conta com a assinatura do presidente estadual, José Eliton.
Divisão
Eliton, no entanto, segue afastado da presidência do partido e a função é executada pelo ex-governador Marconi Perillo, que é aliado do adversário de Eduardo Leite, o governador de São Paulo, João Dória. Oficialmente, o diretório tucano divulgou nota em que nega ter posição definida sobre as prévias.
Justificativa
Ex-presidentes tucanos em Goiás escrevem na carta que o apoio se deve pela proximidade de ideias de Eduardo Leite, que defende a união e declara combater extremismos, para continuar “no caminho proposto pelo PSDB”. “Eduardo Leite representa o caminho do equilíbrio, da reconciliação nacional, da harmonia, da política que integre a inclusão social e o desenvolvimento econômico”, disse o documento.
Aos votos
Até agora, São Paulo, Pará, Distrito Federal e Tocantins anunciaram apoio a Dória, enquanto Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Bahia, Ceará, Amapá, Alagoas e Paraíba declararam apoio a Leite.
