Foto: Nathália Freitas/Sagres On

O escalonamento de horários de trabalho nas companhias que mantém atividades de serviços essenciais em Goiânia foi a solução de momento apontada em uma reunião entre Ministério Público de Goiás (MPGO), do Trabalho (MPT), Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), Redemob e empresas na tarde desta sexta-feira (20). 

“Se o funcionário entra às 8h da manhã e todos resolvem fazer com que os funcionários entrem às 8h da manhã, nós teremos um pico no transporte coletivo. Se nós flexibilizarmos esse horário, por exemplo, às 9h, às 9h30 da manhã, com saída também programada para horários alternativos, nós teremos melhores condições de fazer o transporte desse cidadão com segurança e com a proteção da sua saúde evitando-se a disseminação do coronavírus”, afirma o procurador-geral de Justiça, Aylton Flávio Vechi. 

Todos os dias, trabalhadores têm enfrentado ônibus superlotados, exatamente nos horários de pico. Melhorias chegaram a ser reivindicadas por teleoperadores na tarde desta quinta-feira (19), com medo da disseminação da covid-19 nos veículos. 

O presidente da CMTC, Benjamin Kennedy, diz que tem certeza de que o escalonamento irá diminuir a quantidade de passageiros nos ônbus fora do horário de pico. 

“Essa certeza nós temos porque das 7h30 para frente até às 17h os nossos veículos estão rodando, praticamente, sem a capacidade sentada de cada veículo. Então fora do horário de pico não temos problema. Vamos fazer esse escalonamento para que o serviço seja do agrado e atendendo à necessidade de toda a população”, avalia. 

Cerca de 5 mil colaboradores operam no transporte coletivo da região metropolitana diariamente. De acordo com o diretor Executivo da RedeMob, Leomar Avelino, a preocupação também é com estes profissionais e cogita a possibilidade de fechamento dos terminais. 

“Entre 6h30 e 7h30, é importante que as pessoas utilizem só se for extremamente necessário, porque é o período em que as pessoas estão concentrando mais a utilização do serviço. Em consequência, nós estamos tendo algumas aglomerações, mesmo que pontuais na rede e isso não é bom para o momento em que estamos vivendo”, afirma. “Esse é um ponto que deve ser refletido por técnicos do serviço, pelas autoridades, porque pode ser que daí seja uma boa ação no sentido de mitigar toda essa problemática da pandemia na nossa região”, complementa. 

Em entrevista à Sagres nesta semana, Benjamin Kennedy já congitou a possibilidade de parar totalmente o serviço de transporte coletivo na região metropolitana, depois de uma redução gradual. Houve diminuição de 20% da frota na capital, para evitar a disseminação do novo coronavírus. 

Nesta sexta-feira (20), a Justiça determinou, por meio de liminar, que 100% dos ônibus circulem nos horários de pico na região metropolitana. A CMTC, em nota, chegou a sugerir a suspensão do serviço. 

Uma nova reunião foi marcada para a próxima terça-feira (24) às 15h.

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