No futebol brasileiro é difícil manter um jogador de destaque, embora Flamengo e Palmeiras, pela estrutura financeira que possuem, já dão sinais de que é possível essa façanha, indo até um pouco mais, ou seja, despertando atletas que atuam na Europa em clubes com poder econômico maior. Jogar no Flamengo, principalmente, é sonho para muitos, por alguns motivos óbvios. Torcida, futebol brasileiro penta campeão mundial, Rio de Janeiro a cidade maravilhosa e estrutura financeira bem equilibrada. Palmeiras em segundo plano e para por aí. Temos clubes grandes, contudo, desorganizados.

Em nível local, o Goiás ainda é aquele que consegue manter alguns, pelo menos por um tempo maior, embora tenha consciência dos fatores que empurram o atleta para equipes grandes, muitas sequer, com a estrutura esmeraldina, mas o tal eixo Rio/São Paulo parece muito mais fascinante para jogadores que imaginam ser dali o ponto de partida para a Europa. O caminho é sempre o mesmo. Os grandes tiram da gente e perdem para Portugal que entrega para a Holanda, de lá, se for bom, ganha o passaporte para os gigantes da Inglaterra, Espanha ou Alemanha, mercados mais atraentes.

O Goiás Esporte Clube vai perder o Pedro Raul porque não acreditou na possibilidade dele deslanchar, e assim, vai ficar sem o dinheiro da venda e os gols do craque. Tivesse pago pouco mais de 6 milhões exigidos pelos japoneses, hoje embolsaria mais que o dobro dessa quantia para ceder o jogador. A gente lembra que o alviverde sempre foi um bom vendedor mas nem sempre soube comprar.

Relembrando um pouco, fácil detectar que as maiores vendas do futebol goiano, foram efetuadas pelo Goiás, mas nenhum jogador foi comprado pelo time para revendê-lo por quantias iguais ou superiores às de Luvanor, Cacau, Romeu, Zé Teodoro, Fernandão, Welliton, Erik, Bruno Henrique, Carlos Eduardo e Michael. Atletas que chegaram de graça na Serrinha. No aspecto venda, nota 10 e aí podemos incluir até o Léo Sena que sairia de graça e ainda rendeu alguns milhões ao clube.

Essa, todavia pode ser a nossa realidade. Comprar, não. Vender, sim!