Às vésperas do clássico Atlético x Goiás neste domingo (17) no Estádio Antônio Accioly, a Rádio Sagres 730 produziu uma entrevista especial com o grande destaque do Atlético no Campeonato Goiano: o atual camisa 7 do time de Wagner Lopes. E olha, esse número não é por acaso.

Se você já viu algum gol do Matheus pelo Atlético, com certeza já reparou na comemoração do meia do Dragão. Sem querer se comparar com Cristiano Ronaldo, o novo xodó da torcida rubro-negra tem como inspiração o craque português que hoje veste a camisa da Juventus.

Além da personalidade dentro de campo, Matheus demonstrou que fora das quatro linhas também não fica “em cima do muro”. Em um dos grandes debates que cerca o mundo do futebol, o jogador reiterou sua admiração por CR7.

Matheus (Foto: Paulo Marcos/Ass ACG)

“Claro que os dois são excelentes, mas sou suspeito para falar porque eu sou mais o Cristiano. O Messi tem o talento mais nato, mas o trabalho e a dedicação do Cristiano fazem dele um dos melhores do mundo. É um dos caras que eu me inspiro muito, procuro sempre ver vídeos do Cristiano, do Messi, porque eles fazem o difícil ficar fácil e eles merecem tudo o que têm, tudo o que ganharam. A gente tira o chapéu, admira mesmo porque não é fácil e são poucos, vamos contar nos dedos quem tem essa qualidade para fazer o que eles fazem dentro de campo”.

Mas se engana que só o Ronaldo português tem espaço na galeria de Matheus. Revelado pela base do Corinthians, ele destacou também a admiração por Ronaldo Fenômeno, um dos principais nomes do futebol brasileiro, que encerrou sua carreira no time paulista.

“Se você chegar na minha casa, tem um pôster com o Ronaldo, ele me dando uma caneta. Chegou uma época no Corinthians que eu tinha uma certa moral e na primeira vez que fui treinar contra o profissional que tinha o Ronaldo, eu era o camisa 10, mas cheguei no meu treinador e pedi para jogar de volante para ficar mais perto do “homem”, eu queria jogar perto dele e nesse jogo ele me deu uma caneta que ficou passando na televisão uns três dias”, revelou Matheus.

Além do drible, ele relembrou outra momento marcando com o camisa 9 da Seleção Brasileira na conquista do Penta.

“Mas a coisa que mais me marcou nele foi quando eu e o Marquinhos subimos pela primeira vez para o profissional, os caras passavam e muitas vezes nem nos cumprimentavam e eu lembro até hoje que ele chegou nos cumprimentando e nos chamando para tomar um café. Você vê, um cara como o Ronaldo que ganhou tudo tratando a gente da base daquele jeito, ele não precisava fazer nada, a gente já se espelhava nele e isso faz com que a gente acabe torcendo mais. Foi nesse momento que eu disse que essa cara é muito acima da média, é um dos melhores”, destacou.

Após um título da Copa São Paulo de Futebol Júnior com a camisa do Timão, o meia foi emprestado ao Audax e também ao Guaratinguetá, até chegar ao Estoril de Portugal. Em 2017, mais uma experiência internacional, desta vez no México, onde vestiu a camisa do Juárez.

Apesar de se lembrar com carinho das duas experiências fora do Brasil, Matheus admitiu preferência pelo futebol português.

“Sem dúvida de Portugal (gostou mais). Por você estar na Europa, lugar onde todo mundo quer jogar. Eu fui para o Estoril, time da primeira divisão, então a gente enfrentava Sporting, Porto, Braga e isso foi um baita aprendizado. Foi minha primeira passagem internacional, então se fosse optar, seria Portugal. Não que no México foi ruim, porque em toda passagem internacional você agrega muita coisa para sua vida, mas pelo estilo do futebol e por se tratar da Europa, eu fico com Portugal”.

Depois de passagens por Portugal e México, o retorno para o Brasil veio por meio do Atlético. Aos 26 anos, Matheus foi contrato pelo Dragão apenas para o Goianão e com um vínculo de quatro meses. No entanto, as boas atuações e o desempenho com a camisa rubro-negra despertaram o interesse da diretoria.

Antes mesmo de encerrar seu vínculo, Matheus renovou com o Atlético até o início do ano de 2021. Garantido por, no mínimo, mais duas temporadas, o meia revelou que recebeu propostas antes da renovação, mas que a gratidão pelo clube goiano pesou na hora de assinar sua prorrogação contratual.

“Eu tive proposta para ir para fora do país de novo. Mas igual eu falei para o Adson (Batista), eu vim para cá com um contrato, vamos dizer assim, de risco, porque um contrato de três a quatro meses você tem pouco tempo para mostrar do que você é capaz. Mas eu sempre fui uma pessoa que confiou muito em mim. Quando eu voltei do México tive até a proposta de outro clube para jogar o Campeonato Paulista, mas eu disse que via no Atlético um estilo de jogo parecido com o meu. Eu sabia que o contrato era curto, mas eu confiou muito em mim e sabia que iria dar resultado. Então eu fiquei feliz por entrar, por fazer gols e ajudar a equipe do Atlético. E é normal, você fazendo gols, dando assistências e correspondendo, chegar propostas. Eu fui no Adson e falei que uma coisa que eu tinha aprendido era ter gratidão. O Atlético abriu as portas para mim num momento que eu precisei e estou muito feliz, muito adaptado e mais do que justo eu ficar aqui. Fico feliz de ter reconhecimento, de estender meu contrato e acho que os dois só tem a ganhar”, explicou Matheus.

Ouça na íntegra a entrevista de Matheus à Charlie Pereira, coordenador de esportes da Rádio Sagres 730:

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